São Paulo, domingo, 14 de setembro de 2008

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Notas para hospitais estão entre as piores

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Toda vez que o aposentado por invalidez Rubens Magalhães, 49, precisa tratar os quatro problemas que tem na coluna, dirige-se a um hospital público na Baixada do Glicério (centro) -a três ônibus de distância de sua casa, em Parada de Taipas (distrito do Jaraguá)."Especialista aqui não tem, precisa ir longe", explica.
Mas não são apenas os especialistas que faltam na região.
Os moradores da zona noroeste deram média 3,7 para a quantidade de hospitais públicos (a menor da cidade, empatada com o extremo leste) e 3,2, para a de particulares (a menor da cidade, dessa vez empatada com o extremo sul). A média da cidade nesses quesitos foi de 4 e 4,1, respectivamente.
A área concentra o menor número de hospitais com leitos de SP: são nove, segundo dados da Sempla (Secretaria Municipal de Planejamento), de 2007. Existem ainda dois prontos-socorros municipais, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde. Vivem 1,3 milhão de pessoas na região.
Anhangüera, Brasilândia e Perus, que tiveram média abaixo de 3, não têm nenhum hospital com leito. Em Perus há apenas um pronto-socorro.
"Até desanima ir ao hospital", reclama a ajudante geral Ivana Leres dos Santos, 35, que mora em Anhangüera. Para chegar ao mais próximo, ela precisa ir a pé até a rodovia Anhangüera para depois ficar mais de 30 minutos dentro de um ônibus. "E, chegando lá, é muito cheio. Tem que esperar muito para ser atendido."
Para contornar a falta de hospitais, os moradores têm de recorrer a uma das 16 unidades da Ama (Assistência Médica Ambulatorial) da zona noroeste, mas, segundo eles, as AMAs muitas vezes são lentas no atendimento. (TB)


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