Perfil do aluno brasileiro que busca curso de MBA é variado

PAULA NUNES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Edson Ramuth, 50, cirurgião plástico, acaba de concluir um curso de MBA executivo na ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing). Seu perfil profissional, de formação mais técnica, é um dos que ganham espaço nas turmas de cursos de gestão, segundo escolas de negócio ouvidas pela Folha.
O motivo que o levou a buscar o aprendizado de gerenciamento estratégico é a necessidade de administrar sua franquia de clínicas de emagrecimento, que tem mais de 200 unidades no país.
O MBA oferece justamente o conhecimento para liderar equipes e projetos, destaca Maurício Jucá, professor-doutor da FIA (Fundação Instituto de Administração).
"Continuo sendo médico, mas, quanto mais cresce o negócio, mais preciso aprender sobre gestão", frisa Ramuth.
Entre os brasileiros que se matriculam em programas de MBA -em cursos no país, no exterior ou a distância-, percebe-se também o aumento do número de estudantes de 23 a 27 anos que querem ocupar logo cargos gerenciais.
Há ainda "o público na faixa dos 30 anos que entende que um MBA melhora sua qualificação", acrescenta Edson Crescitelli, coordenador dos cursos de MBA da ESPM.
Alunos mais jovens são os que mais gastam do próprio bolso com o aprimoramento profissional, dizem gestores de programas de MBA.
Mas as empresas também incentivam seus talentos a obtê-lo. "Elas costumam subsidiar uma parte do investimento", diz Paulo Lemos, coordenador dos programas de MBA da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas).
Quem tem mais experiência de trabalho, contudo, ainda predomina nas turmas.
"A maturidade profissional é muito importante para tirar verdadeiro proveito das aulas", opina o coordenador do MBA da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, em Portugal.
Nessa categoria estão executivos na faixa dos 50 anos que sentem necessidade de reciclagem profissional.


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