São Paulo, domingo, 16 de outubro de 2011

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Título é sobrevalorizado no mercado

Com alta da oferta, associações alertam para padrões mundiais

MARIA CAROLINA NOMURA

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com a quantidade de cursos no Brasil que se autodenominam "MBA" e a falta de reconhecimento desse tipo de programa pelo MEC (Ministério da Educação), é preciso ser criterioso na escolha.
Para o consultor Lars Müller, 40, que fez MBA na FIA, o grande problema hoje é a sobrevalorização do título no mercado de trabalho e a consequente banalização dos cursos que se dizem MBA.
Na tentativa de padronizar a oferta, a Anamba (Associação Nacional de MBA) definiu critérios de reconhecimento, como carga horária superior a 480 horas e corpo docente composto por mestres e doutores. "São padrões similares aos de bons cursos de MBA oferecidos em outros países", afirma Mauricio Queiroz, diretor-geral da FIA (Fundação Instituto de Administração).
Outro aspecto a ser pesquisado é o reconhecimento do instituto por outras associações certificadoras de MBA, como a AACSB (associação internacional de escolas de negócio), a EFMD/EQUIS (associação europeia que credencia MBAs) e a Association of MBAs (associação internacional de MBAs).
Há escolas que, embora não associadas à Anamba, são acreditadas por instituições internacionais, caso da Fundação Getulio Vargas e da Fundação Dom Cabral.
Silvio Laban, coordenador do MBA do Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa, diz que, além da qualificação do instituto, o aluno deve analisar as regras de admissão para o curso -como a exigência de vivência gerencial.
"Um ponto importante é o 'networking'. Não há como alguém que acabou de sair da faculdade trocar experiências com quem já está no mercado há mais de cinco anos."

FOCO
MBAs que se dizem muito focados em um tema requerem análise cuidadosa. No mercado, há dois tipos principais de curso: o executivo, que oferece formação mais ampla, e o especializado, que dá ênfase a uma matéria específica, como marketing, finanças ou recursos humanos.
"Um MBA especializado que não atenda a toda a gama de disciplinas necessárias, como liderança, contabilidade e marketing, e que seja muito focado deveria se chamar 'master' ou 'especialização'", considera Armando Dal Colletto, secretário-executivo da Anamba.


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