São Paulo, domingo, 17 de setembro de 2006

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TECNOLOGIA

Facilitadora do cotidiano, área está em todo o setor produtivo

Aplicação vai desde compras pela internet até programa para decodificar o genoma humano

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Atualmente a tecnologia já faz parte do cotidiano da maioria das pessoas. Microprocessadores, redes de comunicação, celulares e outros dispositivos que há pouco tempo só figuravam em filmes de ficção científica se tornaram mais baratos, acessíveis e se multiplicam, fazendo com que o setor que desenvolve e produz esses artigos se mantenha entre as apostas para o futuro.
De acordo com o Ministério da Ciência e Tecnologia, no ano de 2004 foram investidos R$ 22,7 bilhões no setor, contra R$ 14,35 bilhões em 2000, um crescimento de quase 60%.
"Hoje, praticamente todos os aparelhos da vida diária têm algum componente informatizado", afirma Virgílio Almeida, 56, professor do Departamento de Ciências da Computação da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
Para ele, a tecnologia tem a função básica de facilitar a vida das pessoas em vários aspectos. Pode ajudar a dona-de-casa que faz compras pela internet, o engenheiro que roda uma simulação de vôo computadorizada antes de iniciar a construção de um novo avião e o biólogo que usa programas para decodificar o genoma humano.
"Não seria uma maravilha se os dados médicos de cada cidadão que já foi hospitalizado estivesse à disposição em qualquer centro de saúde do mundo?", questiona Almeida, para quem a tecnologia da informação é um dos setores mais promissores a curto prazo.
Ainda de acordo com o professor da UFMG, a tendência é que o mundo todo se interligue numa imensa rede que inclua computadores, celulares, carros e até casas.

Na prática
Elaboração de programas de computadores, instalação e gerenciamento de redes de sistemas e integração entre hardware e software são algumas das atribuições dos profissionais de tecnologia. Eles, mais comumente, são graduados em cursos como ciências da computação, sistemas de informação e engenharia da computação.
Há ainda aqueles que se formam em física ou matemática e depois se especializam na área da computação e os que ingressam no mundo da tecnologia por meio das profissões ligadas à automação e à mecatrônica, mistura de engenharia mecânica com eletrônica.

Economia
Para o diretor da Escola Politécnica da USP, Ivan Gilberto Sandoval Falleiros, as áreas de engenharia e tecnologia são, atualmente, cada vez mais importantes, e seus profissionais estarão presentes sempre que houver crescimento.
Mas, segundo ele, o desenvolvimento de novas tecnologias está atrelado à economia do país e ambos têm de caminhar juntos para que o tão almejado desenvolvimento sustentável ocorra. "O crescimento dessa área, quanto a emprego, ocorrerá em função do crescimento do país. A engenharia na China, certamente, está muito mais brilhante do que no Brasil."
Ainda de acordo com o coordenador da Poli, no Brasil, o setor tecnológico está muito voltado para a produção industrial. "O ideal seria que o país participasse de fato da concepção desses produtos [de alta tecnologia] e não continuasse simplesmente replicando fabricas cujas matrizes estão lá fora." (TC)


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