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TECNOLOGIA
Facilitadora do cotidiano, área está em todo o setor produtivo
Aplicação vai desde compras pela internet até programa para decodificar o genoma humano
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Atualmente a tecnologia já
faz parte do cotidiano da maioria das pessoas. Microprocessadores, redes de comunicação,
celulares e outros dispositivos
que há pouco tempo só figuravam em filmes de ficção científica se tornaram mais baratos,
acessíveis e se multiplicam, fazendo com que o setor que desenvolve e produz esses artigos
se mantenha entre as apostas
para o futuro.
De acordo com o Ministério
da Ciência e Tecnologia, no ano
de 2004 foram investidos
R$ 22,7 bilhões no setor, contra
R$ 14,35 bilhões em 2000, um
crescimento de quase 60%.
"Hoje, praticamente todos os
aparelhos da vida diária têm algum componente informatizado", afirma Virgílio Almeida,
56, professor do Departamento
de Ciências da Computação da
UFMG (Universidade Federal
de Minas Gerais).
Para ele, a tecnologia tem a
função básica de facilitar a vida
das pessoas em vários aspectos.
Pode ajudar a dona-de-casa que
faz compras pela internet, o engenheiro que roda uma simulação de vôo computadorizada
antes de iniciar a construção de
um novo avião e o biólogo que
usa programas para decodificar
o genoma humano.
"Não seria uma maravilha se
os dados médicos de cada cidadão que já foi hospitalizado estivesse à disposição em qualquer centro de saúde do mundo?", questiona Almeida, para
quem a tecnologia da informação é um dos setores mais promissores a curto prazo.
Ainda de acordo com o professor da UFMG, a tendência é
que o mundo todo se interligue
numa imensa rede que inclua
computadores, celulares, carros e até casas.
Na prática
Elaboração de programas de
computadores, instalação e gerenciamento de redes de sistemas e integração entre hardware e software são algumas das
atribuições dos profissionais de
tecnologia. Eles, mais comumente, são graduados em cursos como ciências da computação, sistemas de informação e
engenharia da computação.
Há ainda aqueles que se formam em física ou matemática e
depois se especializam na área
da computação e os que ingressam no mundo da tecnologia
por meio das profissões ligadas
à automação e à mecatrônica,
mistura de engenharia mecânica com eletrônica.
Economia
Para o diretor da Escola Politécnica da USP, Ivan Gilberto
Sandoval Falleiros, as áreas de
engenharia e tecnologia são,
atualmente, cada vez mais importantes, e seus profissionais
estarão presentes sempre que
houver crescimento.
Mas, segundo ele, o desenvolvimento de novas tecnologias está atrelado à economia
do país e ambos têm de caminhar juntos para que o tão almejado desenvolvimento sustentável ocorra. "O crescimento dessa área, quanto a emprego, ocorrerá em função do crescimento do país. A engenharia
na China, certamente, está
muito mais brilhante do que no
Brasil."
Ainda de acordo com o coordenador da Poli, no Brasil, o setor tecnológico está muito voltado para a produção industrial. "O ideal seria que o país
participasse de fato da concepção desses produtos [de alta
tecnologia] e não continuasse
simplesmente replicando fabricas cujas matrizes estão lá
fora."
(TC)
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