São Paulo, domingo, 17 de setembro de 2006

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Biotecnologia ajuda a evitar pragas na lavoura e doenças nos rebanhos

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Química, biologia e computação. Quem gosta dessa combinação deve considerar a hipótese de trabalhar com biotecnologia depois de formado.
Esse setor científico usa conhecimentos das três áreas para pesquisar a ação de microorganismos em alimentos, em remédios, no ambiente, em vegetais e animais e depois interferir nesta atuação -o que faz a produção de vários tipos de empresa aumentar.
Os profissionais envolvidos nas pesquisas costumam ser biólogos, bioquímicos, químicos, matemáticos, estatísticos e especialistas em informática. Todos também com conhecimento das outras atividades.
No agronegócio, esses cientistas usam a tecnologia de ponta para resolver problemas enfrentados pelos produtores agrícolas e pecuários, como as pragas e as doenças que atingem a lavoura e os rebanhos.
No departamento de bioquímica do Instituto de Química da USP, por exemplo, a cientista Glaucia Souza, 40, e sua equipe de cerca de 50 pessoas trabalham na produção de cana-de-açúcar transgênica.
A pesquisa começou no seqüenciamento do DNA da planta. Depois, passou para o desenvolvimento de uma cana mais rica em sacarose (açúcar) e outra mais resistente à seca.
Os pesquisadores têm o auxílio de uma parafernália tecnológica, que inclui chips, softwares e até robôs. "O melhoramento de plantas já existe há bastante tempo, só que antes tudo era feito na base da tentativa e erro. Hoje, sabemos o que estamos fazendo desde o começo", explica Glaucia. Realizados em laboratórios e estufas, os projetos para aumento de sacarose e resistência à seca apresentam resultados promissores, segundo Glaucia. Agora, o grupo aguarda permissão para começar os testes de campo.


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