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Troca de ideias em aula é o mais útil para o trabalho
Material didático e bibliografia têm menor aproveitamento, diz Datafolha
LUIZA CAIRES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O conteúdo apresentado
em sala de aula foi considerado o quesito do MBA mais
aproveitado no trabalho:
77% dos ex-alunos disseram
que foi útil ou muito útil, revela a pesquisa do Datafolha.
Em uma escala de 1 (nada
útil) a 5 (muito útil), ele ganhou nota média de 3,99. Em
seguida vieram as discussões
realizadas em classe (3,95) e
os estudos de caso (3,92).
Esse resultado está em sintonia com o caráter pragmático das aulas. É o intercâmbio de experiências que define o curso, acredita Vicente
Tucci Filho, gerente do MBA
do Pece-Poli (Programa de
Educação Continuada da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo).
"O professor não está lá
para transmitir conhecimento a um aluno passivo. Há
muito mais discussão e troca
de informações", explica.
O diretor de planejamento
Maurício Moreira, 34, fez o
MBA executivo da ESPM (Escola Superior de Propaganda
e Marketing) e se beneficiou
do debate de ideias.
"A sala tinha desde engenheiros até gente de comunicação. Aprendi sobre assuntos diversos e diferentes culturas empresariais", diz.
"Se teve gente que já fez
uma coisa antes de uma forma que deu certo e pode ensinar, não preciso tentar e errar
para descobrir os melhores
caminhos", concorda Christian Manrich, 35, diretor de
planejamento da TV1, que
cursou MBA na FGV-SP.
MENORES NOTAS
O material didático e a bibliografia foram os itens que
receberam a menor nota média (3,63 e 3,78, respectivamente) dos entrevistados
quando avaliaram o que
mais foi útil no trabalho.
Olavo Furtado, coordenador de pós-graduação da Trevisan, diz que o material serve apenas de apoio. "O que
faz um curso ser realmente
bom é o professor", avalia.
Para 10% dos entrevistados, os contatos profissionais ("networking") foram
pouco ou nada úteis -o segundo pior resultado depois
de material didático (11%).
"Apesar de conhecer muita
gente, o contato não fica tão
forte", diz Ricardo Calil, que
fez dois MBAs na Trevisan.
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