São Paulo, domingo, 17 de outubro de 2010

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Troca de ideias em aula é o mais útil para o trabalho

Material didático e bibliografia têm menor aproveitamento, diz Datafolha

LUIZA CAIRES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O conteúdo apresentado em sala de aula foi considerado o quesito do MBA mais aproveitado no trabalho: 77% dos ex-alunos disseram que foi útil ou muito útil, revela a pesquisa do Datafolha.
Em uma escala de 1 (nada útil) a 5 (muito útil), ele ganhou nota média de 3,99. Em seguida vieram as discussões realizadas em classe (3,95) e os estudos de caso (3,92).
Esse resultado está em sintonia com o caráter pragmático das aulas. É o intercâmbio de experiências que define o curso, acredita Vicente Tucci Filho, gerente do MBA do Pece-Poli (Programa de Educação Continuada da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo).
"O professor não está lá para transmitir conhecimento a um aluno passivo. Há muito mais discussão e troca de informações", explica.
O diretor de planejamento Maurício Moreira, 34, fez o MBA executivo da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) e se beneficiou do debate de ideias.
"A sala tinha desde engenheiros até gente de comunicação. Aprendi sobre assuntos diversos e diferentes culturas empresariais", diz.
"Se teve gente que já fez uma coisa antes de uma forma que deu certo e pode ensinar, não preciso tentar e errar para descobrir os melhores caminhos", concorda Christian Manrich, 35, diretor de planejamento da TV1, que cursou MBA na FGV-SP.

MENORES NOTAS
O material didático e a bibliografia foram os itens que receberam a menor nota média (3,63 e 3,78, respectivamente) dos entrevistados quando avaliaram o que mais foi útil no trabalho.
Olavo Furtado, coordenador de pós-graduação da Trevisan, diz que o material serve apenas de apoio. "O que faz um curso ser realmente bom é o professor", avalia.
Para 10% dos entrevistados, os contatos profissionais ("networking") foram pouco ou nada úteis -o segundo pior resultado depois de material didático (11%). "Apesar de conhecer muita gente, o contato não fica tão forte", diz Ricardo Calil, que fez dois MBAs na Trevisan.


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