São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 2008

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A casa japonesa

BRUNO YUTAKA SAITO
DA REPORTAGEM LOCAL

Quem visita dona Yoshino, 78, viúva do artista plástico Manabu Mabe (1924-97), tem a sensação de estar entre dois mundos. Da primeira geração de imigrantes, sua casa, no Jabaquara (zona sul de São Paulo), é uma das poucas por aqui que ainda possuem ambientes totalmente °típicos orientais. Além de um jardim com bonsais e carpas, ela tem anexo ao seu quarto um autêntico "tokonoma" -"um ambiente para descansar e tomar chá", como ela mesma explica.
Já Tarsila, 25, e Taisa, 23, da terceira geração, estão acostumadas, desde a infância, com a decoração e obras do pai, o artista plástico Taro Kaneko, 55. Na casa onde vivem, na Vila Mariana (zona sul), pequenos detalhes mostram que o Japão ainda vive por ali. Seja num "butsudan" (oratório) com penas de pássaros, seja em cerâmicas típicas, a família mostra como a integração entre os dois países é fato consolidado.


BRUNO YUTAKA SAITO é neto de japoneses. Seus avós maternos chegaram em 1934; seus bisavós paternos, em 1913

1ª GERAÇÃO

Milton Michida/Folha Imagem
TOKONOMA É uma sala, com tatame, usada para descanso e recepção de visitantes, a quem é oferecido chá.
Entre os elementos desse ambiente estão um quadro com shodo (caligrafia japonesa), o conjunto para chá, um mini-shôji (divisor de salas) e o furin (pequeno sino movimentado pelo vento).

3ª GERAÇÃO

Milton Michida/Folha Imagem
SALA Ainda que os elementos tipicamente japoneses sejam minoria na decoração, aqui e ali eles marcam presença. Nesta sala de estar, o Japão aparece numa versão abrasileirada de butsudan e nas cerâmicas produzidas pela artista Shoko Suzuki.


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