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CARREIRA
Para maioria, curso não leva a promoção
Quem mira a ascensão deve desenvolver competências e compreender as políticas de promoção de sua empresa
CRISTIANE CAPUCHINHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de muitos apostarem
no MBA como diferencial competitivo, cursá-lo não é sinônimo de emprego ou promoção.
Um indício disso é que a
maioria (52%) dos entrevistados que estão na mesma empresa ou não trabalhavam antes
não foi promovida após fazer o
curso. E esse índice foi 11 pontos maior do que o de pesquisa sobre esse tema
feita pelo instituto em 2007.
A especialização capacita o
profissional para desempenhar
função gerencial e ter visão do
todo na empresa. Bem aproveitadas, essas competências podem resultar em promoção ou
em um emprego melhor.
"O que determina não é o
currículo, é o resultado que o
profissional alcança por ter sua
capacidade potencializada pelo
MBA", explica Patrícia Molino,
sócia da KPMG no Brasil.
Quem está empregado e pretende crescer na mesma companhia deve buscar saber o
quanto o MBA interessa para
ela e se há incentivos corporativos para se dedicar ao estudo.
"Além de conversar com o
departamento de RH, é importante olhar se os seus superiores têm MBA e entender, dentro da política da empresa, como funcionam as promoções e
os incentivos", explica Fernanda Pomin, sócia-diretora da
área de consultoria de talentos
da Korn/ Ferry International.
Outra pós
Segundo a pesquisa Datafolha, 17% dos entrevistados
apontaram como objetivo principal ao fazer o curso disputar
ou pleitear cargos melhores.
Mas, para crescer, nem sempre o MBA é o melhor caminho
-e nem todas as empresas dão
o mesmo valor ao título.
"A primeira coisa é ter um
plano de carreira e ver que capacitações faltam. Às vezes, é
melhor fazer uma pós-graduação em um tema específico",
sugere Claudinei Santos, diretor de projetos de pós-graduação da ESPM (Escola Superior
de Propaganda e Marketing).
Molino, da KPMG, recomenda balancear o lado gestor com
o técnico. "Se o profissional
tem uma faculdade mais técnica, deve procurar um MBA. Se a
faculdade foi generalista, deve
procurar uma pós específica."
Algumas empresas oferecem
programas de educação corporativa. Neles, o potencial dos
funcionários é avaliado, e são
apontados os cursos desejáveis
em sua área -é o que acontece,
por exemplo, na Volvo.
Mesmo tendo indicado o curso e,
muitas vezes, pagado por ele, a empresa não necessariamente tem um plano de promoção para o funcionário.
"Não é porque ele fez o curso
que terá ascensão, mas com
certeza estará melhor preparado para outro recrutamento
dentro da empresa", avalia Rubens Cieslak, responsável por
educação corporativa da Volvo.
Segundo o
Datafolha, 65% dos entrevistados acreditam que o mercado
de trabalho valoriza muito o
MBA para conceder promoções, enquanto apenas 34% acreditam que a
empresa em que trabalham valoriza muito o MBA na hora de
conceder promoções.
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