|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CARREIRA
Só bom MBA melhora a empregabilidade
Empresas valorizam mais escolas de negócio de primeira linha e caçam alunos das estrangeiras
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Um bom MBA valoriza o
currículo, mas isso não basta
para surgirem boas ofertas de
trabalho -77% dos entrevistados pelo Datafolha não mudaram de emprego após o curso.
"Pode significar que oportunidades estão surgindo na empresa", diz Francisco Ramirez,
professor de gestão de pessoas
do Insper (ex-Ibmec-SP).
"Na década de 1990, era um
diferencial. Hoje, com mais
pessoas com MBA, há afunilamento", diz Iarema Oliveira,
líder de prática de remuneração da Hewitt Associates.
O curso poderá aumentar a
empregabilidade de quem
aliá-lo a outras qualidades. "É
preciso ter experiência e competências como capacidade de
gerenciar conflitos e habilidades de gestão", afirma Oliveira.
Ela comenta que ter MBA
aparece como quesito obrigatório em recrutamentos que
promove para cargos de nível
de gerência média para cima e
como desejável para analistas
e coordenadores.
A especialização também
pode abrir portas em empresas que priorizam a formação.
"Cursada em uma escola de
primeira linha, valoriza quem
fez graduação em instituições
menos reconhecidas", aponta
Danilo Castro, 31, gerente-executivo da Page Personnel.
Renome no exterior
Mas nem sempre ajuda. O
administrador Cláudio Adrião
da Silva, 38, fez MBA na FIA
(Fundação Instituto de Administração) de olho no crescimento, mas ficou desempregado durante a crise. "Participei de quatro ou cinco processos seletivos. Talvez o MBA
não tenha mais tanto peso."
Para alguns, só cursos de
MBA das melhores instituições do exterior dão verdadeira projeção. "O exame de seleção de candidatos é muito criterioso. Concluir o curso significa que ele adquiriu muitos
conhecimentos", afirma Juliano Ballarotti, gerente da área
de engenharia e manufatura
da consultoria Michael Page.
Na Johnson & Johnson,
brasileiros fazendo MBA em
instituições internacionais de
renome são procurados um
ano antes de o curso terminar.
"São convidados a fazer o
"summer job" [estágio de férias] conosco. Se bem-sucedidos, podem ser contratados",
conta Flávia Camparini, 33,
gerente sênior de RH.
No IMD, escola de negócios
suíça, há brasileiros que se formam, trabalham na Europa e
são transferidos ao Brasil.
(ECL)
Fazer MBA no exterior é
uma boa ideia?
carreiras.folha.blog.uol.com.br
Texto Anterior: Economista valoriza experiência Próximo Texto: Curso rende novo emprego Índice
|