São Paulo, domingo, 18 de outubro de 2009

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CARREIRA

Só bom MBA melhora a empregabilidade

Empresas valorizam mais escolas de negócio de primeira linha e caçam alunos das estrangeiras

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um bom MBA valoriza o currículo, mas isso não basta para surgirem boas ofertas de trabalho -77% dos entrevistados pelo Datafolha não mudaram de emprego após o curso.
"Pode significar que oportunidades estão surgindo na empresa", diz Francisco Ramirez, professor de gestão de pessoas do Insper (ex-Ibmec-SP).
"Na década de 1990, era um diferencial. Hoje, com mais pessoas com MBA, há afunilamento", diz Iarema Oliveira, líder de prática de remuneração da Hewitt Associates.
O curso poderá aumentar a empregabilidade de quem aliá-lo a outras qualidades. "É preciso ter experiência e competências como capacidade de gerenciar conflitos e habilidades de gestão", afirma Oliveira.
Ela comenta que ter MBA aparece como quesito obrigatório em recrutamentos que promove para cargos de nível de gerência média para cima e como desejável para analistas e coordenadores.
A especialização também pode abrir portas em empresas que priorizam a formação. "Cursada em uma escola de primeira linha, valoriza quem fez graduação em instituições menos reconhecidas", aponta Danilo Castro, 31, gerente-executivo da Page Personnel.

Renome no exterior
Mas nem sempre ajuda. O administrador Cláudio Adrião da Silva, 38, fez MBA na FIA (Fundação Instituto de Administração) de olho no crescimento, mas ficou desempregado durante a crise. "Participei de quatro ou cinco processos seletivos. Talvez o MBA não tenha mais tanto peso."
Para alguns, só cursos de MBA das melhores instituições do exterior dão verdadeira projeção. "O exame de seleção de candidatos é muito criterioso. Concluir o curso significa que ele adquiriu muitos conhecimentos", afirma Juliano Ballarotti, gerente da área de engenharia e manufatura da consultoria Michael Page.
Na Johnson & Johnson, brasileiros fazendo MBA em instituições internacionais de renome são procurados um ano antes de o curso terminar.
"São convidados a fazer o "summer job" [estágio de férias] conosco. Se bem-sucedidos, podem ser contratados", conta Flávia Camparini, 33, gerente sênior de RH.
No IMD, escola de negócios suíça, há brasileiros que se formam, trabalham na Europa e são transferidos ao Brasil. (ECL)


Fazer MBA no exterior é uma boa ideia?

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