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MELHOR HORA
Profissional espera mais do que ideal
Maioria começa o MBA depois de seis anos de formado, mas sugere fazer o curso em até cinco anos após a graduação
JORDANA VIOTTO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Profissionais costumam esperar oito anos entre o fim da
graduação e o início do MBA,
mas acham ideal aguardar só
metade desse tempo -3,7 anos,
define a pesquisa Datafolha.
A ansiedade aumenta. Em
2007, o instituto mostrou que
74% dos entrevistados achavam ideal fazê-lo com até cinco
anos de formados. Na pesquisa
deste ano, 87% pensam assim.
Segundo especialistas, a
competitividade estimula profissionais a procurarem o MBA
cada vez mais cedo. "Querem
estar bem preparados para disputar bons cargos", afirma Edson Crescitelli, coordenador do
MBA da ESPM. "Se a pessoa fez
graduação em uma área e quer
mudar, geralmente busca o
curso mais cedo", completa.
Outro fator para a pressa é
que esses cinco anos após a graduação são o período em que
muitos começam a exercer as
primeiras posições de liderança, comenta Juliana Nunes, diretora da consultoria Asap.
Mas a velocidade da ascensão
depende do ritmo da empresa.
Em setores mais dinâmicos, como o financeiro e o de tecnologia da informação, ela é mais
rápida do que na indústria automobilística, por exemplo.
Para definir o momento ideal
de se matricular, a palavra-chave é maturidade, pondera
Tharcisio Souza Santos, diretor
do MBA da Faap (Fundação Armando Alvares Penteado).
Em sala, ele considera interessante mesclar perfis em termos de idade e de experiência.
"Os mais jovens estão com os
conceitos ainda frescos na cabeça, e os mais velhos, ávidos
por compartilhar o que viveram", analisa Santos.
Experientes
Apesar de idealizar a espera
em até cinco anos, a maioria
dos profissionais começou o
MBA após um período de 6 a 10
anos de formada (29%) ou após
dez anos de formada (27%),
aponta o Datafolha.
Foi o caso de Alexandre Aoki,
42, que iniciou o MBA executivo internacional da FIA em
2005 -16 anos após sua graduação em engenharia. No plano de carreira, queria ocupar
uma posição de alta gerência.
"Fiz alguns movimentos laterais nas empresas e queria
ocupar posições mais administrativas, mas precisava entender como funcionavam outras
empresas e outros setores", diz.
Como o curso exigia de oito a
dez anos de posição gerencial,
Aoki considerou que encontraria colegas com a experiência
que gostaria de compartilhar.
Já Jonas Cunha, 38, que trabalha no setor de marketing da
ThyssenKrupp, fornecedora de
peças para fabricantes de veículos, começou seu programa
12 anos após a graduação. "Teria feito dois anos antes, pois já
me sentia maduro, mas o contexto não favorecia", conta.
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