São Paulo, domingo, 18 de outubro de 2009

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MELHOR HORA

Profissional espera mais do que ideal

Maioria começa o MBA depois de seis anos de formado, mas sugere fazer o curso em até cinco anos após a graduação

JORDANA VIOTTO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Profissionais costumam esperar oito anos entre o fim da graduação e o início do MBA, mas acham ideal aguardar só metade desse tempo -3,7 anos, define a pesquisa Datafolha.
A ansiedade aumenta. Em 2007, o instituto mostrou que 74% dos entrevistados achavam ideal fazê-lo com até cinco anos de formados. Na pesquisa deste ano, 87% pensam assim.
Segundo especialistas, a competitividade estimula profissionais a procurarem o MBA cada vez mais cedo. "Querem estar bem preparados para disputar bons cargos", afirma Edson Crescitelli, coordenador do MBA da ESPM. "Se a pessoa fez graduação em uma área e quer mudar, geralmente busca o curso mais cedo", completa.
Outro fator para a pressa é que esses cinco anos após a graduação são o período em que muitos começam a exercer as primeiras posições de liderança, comenta Juliana Nunes, diretora da consultoria Asap.
Mas a velocidade da ascensão depende do ritmo da empresa. Em setores mais dinâmicos, como o financeiro e o de tecnologia da informação, ela é mais rápida do que na indústria automobilística, por exemplo.
Para definir o momento ideal de se matricular, a palavra-chave é maturidade, pondera Tharcisio Souza Santos, diretor do MBA da Faap (Fundação Armando Alvares Penteado).
Em sala, ele considera interessante mesclar perfis em termos de idade e de experiência. "Os mais jovens estão com os conceitos ainda frescos na cabeça, e os mais velhos, ávidos por compartilhar o que viveram", analisa Santos.

Experientes
Apesar de idealizar a espera em até cinco anos, a maioria dos profissionais começou o MBA após um período de 6 a 10 anos de formada (29%) ou após dez anos de formada (27%), aponta o Datafolha.
Foi o caso de Alexandre Aoki, 42, que iniciou o MBA executivo internacional da FIA em 2005 -16 anos após sua graduação em engenharia. No plano de carreira, queria ocupar uma posição de alta gerência.
"Fiz alguns movimentos laterais nas empresas e queria ocupar posições mais administrativas, mas precisava entender como funcionavam outras empresas e outros setores", diz.
Como o curso exigia de oito a dez anos de posição gerencial, Aoki considerou que encontraria colegas com a experiência que gostaria de compartilhar.
Já Jonas Cunha, 38, que trabalha no setor de marketing da ThyssenKrupp, fornecedora de peças para fabricantes de veículos, começou seu programa 12 anos após a graduação. "Teria feito dois anos antes, pois já me sentia maduro, mas o contexto não favorecia", conta.


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