São Paulo, quinta-feira, 19 de junho de 2008

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Clínicas de estética se expandem na cidade

Homens já representam 40% do público das clínicas; empresário gasta até R$ 1.000 por mês com tratamentos estéticos

Entre as opções mais procuradas estão redução de gordura localizada e de manchas, depilação a laser e tratamento facial


DA FOLHA RIBEIRÃO

Desde dezembro, o empresário Willian de Moraes Brito, 30, dedica seis horas por semana para cuidar da aparência. Os gastos podem chegar a R$ 1.000 por mês, mas os resultados, segundo ele, que desde então passou do manequim 44 para o 40, compensam.
Nos últimos cinco anos, a procura do público masculino por tratamento estético em Ribeirão cresceu 40%, segundo o mercado. Entre os tratamentos oferecidos estão redução de gordura localizada, peeling de cristal, tratamentos para manchas, rejuvenescimento e enrijecimento muscular e depilação a laser da barba.
Já as mulheres buscam tratamentos de gordura localizada no abdome, celulite, depilação definitiva e tratamentos faciais. Uma sessão para reduzir gordura localizada custa de R$ 35 a R$ 3.000, dependendo da combinação de tecnologias.
"O mercado está em franca expansão, possibilitada pela tecnologia em produtos e equipamentos e a participação de novos públicos. Hoje, de cada dez pacientes que chegam à clínica, quatro são homens", disse a empresária Luciana Sensini, da Fisioforma.
Entre as novidades em Ribeirão há a radiofreqüência associada ao plasma, aparelho que emite radiação em contato com tecidos, quebrando os tecidos adiposo e fibroso.
Ribeirão tem cerca de 500 estabelecimentos do segmento, entre clínicas, salões de beleza e profissionais autônomos. Na Vigilância Sanitária, que fiscaliza e regulamenta o funcionamento desses locais, foram cadastradas sete novas clínicas de estética desde 2007.
A cidade também atrai empresas de olho nesse mercado. Uma das estratégias de expansão da Dermage, empresa de dermocosméticos de origem carioca, foi a abertura de franquia em Ribeirão. "A intenção era fortalecer a marca em São Paulo e a cidade conhecida como capital do agronegócio não poderia ficar fora", disse Renato Pinto, diretor da franquia, aberta no último mês.
Para Aline Rosado, 21, a morena da banda É o Tchan, cuidar da beleza é terapia, além de exigência do trabalho. "Cuido mesmo depois que entrei para o grupo. O dinheiro ajudou, já que o custo não é baixo." Ela faz academia todo dia e vai à clínica quatro vezes por semana.
Já a empresária Cacilda Belentani, 53, afirmou que cuidar da aparência é um estímulo para suas atividades. "Tudo melhora, até profissionalmente."
Para Rosângela Chiodi, coordenadora do curso de cosmetologia e estética do Centro Universitário Barão de Mauá, a ascensão do mercado exige qualificação. "Como a profissão não é regulamentada, tem muita gente trabalhando por empirismo, que joga o nome do setor na lama."
Os salões de beleza também começam a se diferenciar para atender o público em espaço mais luxuoso. Segundo a Secretaria da Fazenda, entre 2006 e 2008, o número de salões passou de 113 para 138.
"O interesse é a satisfação, por isso o diferencial é um espaço para receber a pessoa como se ela estivesse na casa de um amigo", disse Dijô Reis, sócio do Fiuss, aberto há dois anos. (MT E FC)


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