São Paulo, quinta-feira, 19 de junho de 2008

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Mundo da moda tem peças de até R$ 5.000

Loja faz agenda para evitar que clientes usem roupas parecidas na mesma festa

Especialista da Faap no mercado de luxo diz que a cidade atende um público "premium", com marcas de qualidade e conhecidas


DA FOLHA RIBEIRÃO

Maria Teresa Define, 53, viajava sempre a São Paulo para adquirir roupas. Agora, compra suas roupas em Ribeirão mesmo. Jogadora de golfe, ela é uma das clientes do mundo da alta moda na cidade. "Quando vou comprar uma roupa, busco alguma coisa que me agrade, em primeiro lugar, que tenha um estilo próprio e que combine comigo", disse ela, que se diz cliente fiel da grife Le Lis Blanc, que abriu loja na cidade há dois meses.
Peças exclusivas, assinadas por estilistas de destaque no cenário nacional ou marcas já consolidadas no Brasil e no exterior já podem ser encontradas nas araras em Ribeirão.
Com um mercado exigente, a Le Lis Blanc tem um livro de eventos que relaciona as principais festas da cidade para evitar que duas clientes possam ir ao mesmo local com roupas semelhantes, cujos preços podem variar de R$ 50 a R$ 2.000.
"Apesar de receber novidades diariamente, são poucas peças repetidas, para oferecer à cliente a exclusividade que ela procura na marca", disse Clélia Corrêa de Oliveira, 33, gerente da loja em Ribeirão.
Segundo Sílvio Passarelli, diretor do programa de gestão do luxo da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), a cidade já se "veste" com uma marca de imagem muito forte.
No vestuário, ele qualifica Ribeirão como representativa de grandes marcas "premium", com boas lojas nos shoppings, além da oferta de peças exclusivas no Boulevard. "A cidade atende um público "premium", com marcas de qualidade e conhecidas, mas que ainda não se enquadram em artigos de extremo luxo."
Entre as grifes "premium", pode-se encontrar na Dei Dui, das sócias Cristina Carollo e Patrícia Simioni, peças de André Lima, Huis Clos,Tufi Duek, Andrea Marques e Juliana Jabour, entre outros.
A loja, que começou há nove anos com um projeto "tímido" das empresárias para um público sofisticado, hoje compõe um complexo que inclui as lojas Richards (feminina e masculina) e a Square, especializada em jeans, tendo como exclusividade a representação da Diesel -calças da marca têm preços entre R$ 650 e R$ 1.700.
"Houve uma recepção muito grande na cidade. Não esperávamos que crescesse tanto assim. Hoje temos um público fiel, que busca, principalmente, peças únicas, de qualidade e novidade", disse Carollo.
As peças podem variar de R$ 65 a R$ 5.000, escolhidas e compradas pessoalmente pelas donas. "A gente escolhe peça por peça, experimenta e, se precisar, fotografa e monta um book", disse Cristina.
A advogada Mariana Altimari Assef, 34, disse buscar novidade. "Acho ótimo poder encontrar desde jeans até sapatos e biquíni num mesmo lugar."
Os shoppings também abrigam marcas próprias, além de multimarcas que vendem de Armani a nacionais tipo exportação, como Carmen Steffens -a marca de Franca tem 17 lojas fora do país, com detalhes em níquel e ouro. (FERNANDA CICILLINI E MARCELO TOLEDO)


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