São Paulo, quinta-feira, 19 de junho de 2008

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Mercado se profissionaliza, diz especialista

DA FOLHA RIBEIRÃO

O mercado da moda em Ribeirão Preto está crescendo e se profissionalizando. Essa é a avaliação de Leda Braga Ferraz, coordenadora do curso de moda do Centro Universitário Moura Lacerda.
Segundo ela, o aumento pode ser avaliado pela busca por qualificação, além da exigência do mercado. "Quem está no mercado começa a fazer um estudo mais aprofundado, além de não querer trabalhar só com impressões, por isso vão tentando se informar", disse.
A coordenadora afirmou que há um espaço para ser explorado. "Você pode observar que muitas lojas na cidade já vendem peças com informação de moda, com apelo fashion, e o público busca isso. O que é importante é que hoje já se consegue comprar peças diferenciadas aqui sem ter que pagar muito pela assinatura do estilista."
Já para Fauzi Tahan, estilista e professor do curso de moda do Senac, a cidade ainda está carente na produção. "Na cidade, tudo se compra, mas se produz muito pouco, já que não existem confecções em Ribeirão que possam empregar profissionais e estimular suas próprias coleções. Existe um consumidor em potencial, que tem informação de moda, para um universo restrito", disse ele.
Apesar de não ser um pólo de criação, Leda afirmou que já existem iniciativas nessa área. "Muitos alunos do curso e mesmo pessoas que trabalham na área montaram pequenos ateliês, fazem consultorias e assinam suas próprias coleções."
Esse é o caso das estilistas Camila Ananias e Adriana Saadi, proprietárias da Rouparia 206. As empresárias se inspiraram na própria experiência e também na de amigas que se deslocavam até São Paulo para comprar peças mais modernas para montar a loja -que tem roupas desenhadas e confeccionadas por elas- há um ano.
"A marca é nossa, tudo é desenhado e confeccionado aqui mesmo. Procuramos diferenciar, criar peças exclusivas, roupas mais modernas, tanto para o dia-a-dia como para festa, apostando na máxima "roupa de qualidade e preço legal'", afirmou Camila.
Na loja podem ser encontradas peças de R$ 50 (blusa) até R$ 700 (vestido longo de festa).
Ribeirão também tem representantes na alta-costura, como Thomaz Pileggi, estilista que tem 26 anos de profissão.
"A minha inspiração é a própria cliente. Eu converso, pesquiso e desenho de acordo com o que ela quer, mas também inovando em termos de cores, tecidos e decotes, criando peças exclusivas e atemporais", disse.


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