São Paulo, domingo, 19 de junho de 2011

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155 anos

Industrial, Tanquinho sofre com problemas

Bairro tem maior nº de empresas, mas apresenta baixa qualidade de vida

Desde 2010, Tanquinho tem uma rede social que elaborou diagnóstico do bairro e apontou seus principais problemas

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE RIBEIRÃO PRETO


O Parque Industrial Tanquinho, bairro na zona norte de Ribeirão Preto, concentra o maior número de empresas e indústrias da cidade. Seus moradores, por sua vez, têm baixa qualidade de vida.
Para tentar mudar essa situação, a população local se reuniu em uma rede social, que está conseguindo melhorias como arborização.
No ano passado, foi implantada a Rede Social e Desenvolvimento Local, com uma proposta apresentada pelo Senac e pela ONG (organização não governamental) Sonho Real.
A rede fez um diagnóstico participativo que apontou os problemas do bairro, como as poucas áreas verdes -abandonadas ou em estado precário-, além de espaços com intensa poluição sonora e atmosférica e tráfego pesado de veículos.
"São 600 empresas e indústrias em um bairro só. A qualidade do ar era muito ruim, e a situação piorava porque não havia arborização", afirmou Claudinéia Marques Amado, representante da ONG.
O diagnóstico também apontou que a própria comunidade do bairro reconhece ter falhado com práticas consideradas inadequadas e maus hábitos.

LIXO
No córrego que dá nome ao bairro, por exemplo, ainda é possível encontrar lixo doméstico e até descarte de móveis -muito do que é depositado no local vem de moradores do entorno.
Para melhorar o aspecto ambiental, a Secretaria do Meio Ambiente de Ribeirão Preto iniciou um censo arbóreo no Tanquinho. Já foram visitados 3.000 imóveis, entre residenciais e comerciais.
Moradores foram capacitados e, de acordo com a secretaria, a intenção é, dentro do projeto Vamos Arborizar Ribeirão, plantar árvores nas calçadas.
A ação prevê beneficiar aproximadamente 9.000 moradores da região.
Na ação, os próprios moradores levantarão informações com dados considerados imprescindíveis, como a largura das calçadas em frente às suas moradias.
O Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) também entrou como parceiro da rede local e passou a orientar os proprietários de indústrias do bairro quanto ao problema da contaminação do lençol freático.
De acordo com o diretor do Ciesp Fabiano Guimarães, já foi possível reduzir a poluição no local. Na opinião dele, outras regiões de Ribeirão Preto necessitam de projetos semelhantes ao existente hoje no Tanquinho.
(GABRIELA YAMADA)


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