São Paulo, domingo, 19 de setembro de 2004

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JANTAR JURÍDICO

Prefeita evitou fazer ataques diretos a seus adversários

A advogados, Marta fala em acabar com a taxa de luz

UIRÁ MACHADO
DA REDAÇÃO

A prefeita Marta Suplicy (PT) afirmou anteontem à noite, em jantar com advogados, promotores e juízes, que pretende acabar com a taxa de luz depois que colocar 40 mil novos pontos de iluminação na cidade. A promessa foi uma das mais enfáticas que a petista fez nesse sentido em sua campanha.
O assunto foi um dos últimos abordados pela candidata. Marta já tinha falado quase 30 minutos quando disse: "Tem dois assuntos em que eu recebi um apelido desagradável, injusto, e que eu vou falar porque não resisto". Os "dois assuntos" eram as taxas de luz e do lixo, que lhe renderam o apelido de "Martaxa".
"Depois de colocar os 40 mil pontos, não vamos mais precisar da taxa de luz", afirmou a prefeita. Porém, sobre a taxa do lixo, disse que não é "mentirosa como eles [que prometem acabar com essa taxa]" e que manterá a cobrança.
Marta falou em jantar com a comunidade jurídica, ao qual estiveram presentes cerca de 350 pessoas -entre elas, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.
Em seu discurso, Marta mencionou suas realizações e evitou fazer críticas diretas a seus adversários. No entanto, em duas ocasiões atacou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que já havia sido atacado em uma inserção de rádio que foi suspensa pela Justiça Eleitoral.
Um dos ataques foi feito logo no início, quando a prefeita disse que não haveria condições de combater o desemprego durante o governo Fernando Henrique. O outro foi uma menção ao "apagão".
Marta também atacou os ex-prefeitos Paulo Maluf e Celso Pitta. Ela disse ter construído oito piscinões em seu governo, "o dobro do que fizeram os dois juntos".
Em outros momentos, Marta poderia ter atacado Maluf, mas preferiu poupá-lo de críticas diretas.
Por exemplo, ela disse que a dívida da cidade era "gigantesca" e tornava o governo da cidade "muito difícil", mas não mencionou Maluf e Pitta, a quem já acusou de serem responsáveis pelo crescimento da dívida.


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