São Paulo, sexta, 20 de junho de 1997.



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Consumidor é jovem, vive no Sul e prefere o tinto ao branco

O grande bebedor de vinho no Brasil é jovem, vive na região Sul e tem renda familiar mensal maior que 20 salários mínimos.
Pesquisa nacional realizada pelo Datafolha mostra que 37% dos brasileiros afirmam beber vinho.
O índice é tanto maior quanto mais novo o entrevistado: 44% entre 16 e 24 anos, 40% entre 25 e 34, 38% entre 35 e 44 anos, 29% entre 45 e 59 anos e 23% entre os com idade superior a 60 anos.
Entre os que bebem, entretanto, os mais velhos são os mais fiéis _23% consomem vinho cinco vezes ou mais por mês.
Essa frequência, em geral, cai com a idade (21% em 45 e 59 anos, 15% entre 35 e 44 anos, 11% entre 34 e 25 anos e 13% entre 16 e 14 anos).
Os resultados indicam que o consumo de vinho pode se tornar um hábito cada vez mais comum entre os brasileiros _claro que isso depende de os importadores e produtores nacionais conseguirem manter o jovem consumidor.
Embora o consumo não seja nada desprezível entre os mais pobres (35% entre os que têm renda familiar mensal maior que dez mínimos), beber vinho é um hábito que se mostra auxiliado pelo bolso: quando a faixa de renda é superior a 20 salários mínimos mensais, 53% afirmam consumir vinho.
Ou seja, o mercado pode crescer, caso o país consiga distribuir melhor a renda, engordando o poder aquisitivo da população dos mais pobres. Na divisão por região, a pesquisa transforma em números o que a intuição já indicava.
No Sul, área de imigração italiana e alemã, onde se concentra a maior parte da produção nacional, 47% afirmam beber vinho. Bate, de longe, as regiões Sudeste (38%), Nordeste (33%) e Norte e Centro-Oeste (30%). O tinto é o vinho predileto de 53% dos brasileiros. O branco, de 25%, e o rosé, de 18%. Entre os entrevistados com escolaridade superior, o branco vira o jogo: é o preferido de 42%, contra o indíce de 37% obtidos pelo tinto.
A pesquisa ouviu 3.811 pessoas, em 161 municípios, nos dias 5 e 6 de maio. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, dentro de um intervalo de confiança de 95%. (HCS)



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