DA REPORTAGEM LOCAL

Engana-se o vestibulando que associa a profissão de enfermeiro apenas à imagem daquela pessoa vestida de branco que aplica injeções em pacientes hospitalizados. Na verdade, grande parte dos que realizam essa função são auxiliares de enfermagem que concluíram um curso técnico.
É responsabilidade do profissional que faz curso superior em enfermagem coordenar equipes formadas por auxiliares técnicos, por fonoaudiólogos e por fisioterapeutas. É o enfermeiro quem determina como as tarefas devem ser executadas em hospitais e clínicas, além de ser responsável pelo acompanhamento da evolução dos pacientes internados.
"O médico não pode estar ao lado do paciente todo o tempo. É o enfermeiro quem nota alterações, como coloração da pele e temperatura, e informa ao médico", disse Maria Júlia Paes da Silva, professora de enfermagem na USP.
Segundo ela, atualmente é mais comum o contato dos enfermeiros com os pacientes em estados mais graves. "Em casos críticos, nenhum cuidado é simples. Dar banho, por exemplo, em alguém mantido vivo por aparelhos é algo complicado. Cabe ao enfermeiro determinar como devem ser feitos esses cuidados e executá-los."
Além de hospitais, órgãos públicos costumam empregar muitos profissionais formados em enfermagem. "O SUS (Sistema Único de Saúde) prevê a implantação do Programa de Saúde da Família em todo o território nacional e cada equipe do programa tem de ter um enfermeiro", disse Maria Isabel Beretta, coordenadora do curso da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos).
A enfermagem do trabalho, em que supervisiona o departamento médico de empresas, é outra opção de atuação. "Eu organizo os exames previstos em lei, analiso a ergonomia dos postos de trabalho, planejo campanhas e faço palestras preventivas", disse Mirtes Aparecida Vieira Telles, enfermeira do trabalho da indústria farmacêutica Boehringer Ingeheim, na Grande São Paulo.


Texto Anterior: Expectativa/Experência
Próximo Texto: Trabalho em Grupo
Índice