DA REPORTAGEM LOCAL

Tratar de animais de estimação é apenas uma das possibilidades de quem escolhe cursar medicina veterinária. A carreira oferece ao profissional, que adquire uma formação generalista na graduação, três caminhos principais.
A área mais tradicional da profissão é a clínica, na qual se realiza o diagnóstico, o tratamento e a prevenção de doenças -não só de animais de pequeno porte, como cães e gatos, mas de bois, cavalos, aves e animais silvestres em fazendas, zoológicos ou jóqueis.
No campo da saúde pública, atualmente em expansão, o veterinário pode desempenhar, entre outras funções, a inspeção sanitária em indústrias que processam alimentos de origem animal, além de implantar e executar programas em órgãos públicos.
"Todo boi abatido é fiscalizado. Nos frigoríficos, há veterinários contratados pelo governo que verificam desde o recebimento da carne até as embalagens", disse Enrico Lippi Ortolani, professor de medicina veterinária da USP. Segundo ele, quem opta por esse setor também pode trabalhar em redes de supermercados. "Ele verifica a qualidade dos produtos de origem animal, além de verificar seu armazenamento."
A zootecnia é outro grande campo de atuação, mas possui um enfoque diferente do do curso superior na área. Como a formação é generalista e, portanto, é dedicado menos tempo ao estudo da produtividade animal, são abordadas sobretudo as espécies mais comuns, como gado e frango. Em veterinária, o conhecimento é voltado especialmente à relação entre técnicas de manejo animal e doenças.
O aluno do curso de veterinária Ricardo Teles, quando entrou na USP, pensava em seguir a área clínica, mas hoje, no quarto ano, pretende trabalhar com marketing especializado. "Esse profissional ajuda na elaboração de materiais informativos de assuntos técnicos, faz a revisão e auxilia os produtores e outros veterinários na utilização dos produtos", disse.


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