DA REPORTAGEM LOCAL

Ser uma espécie de pequeno empresário é o conselho dos profissionais da arquitetura aos jovens arquitetos. Além de habilidades de observação e de desenho, iniciativa e espírito empreendedor, vontade e humildade para realizar pequenos trabalhos são características indispensáveis para o exercício da carreira.
Para o arquiteto e professor de projeto da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP Bruno Padovano, 51, o jovem profissional deve procurar emprego nos grandes escritórios, mas não deve se acomodar. "Não dá para esperar que a coisa caia do céu. Não vai cair", afirma ele.
Padovano ensina que é preciso usar formas criativas de apresentar e de valorizar seus trabalhos -mais uma maneira de demonstrar inventividade.
"O ideal é procurar trabalhar em grupo com pequenos projetos e pegar de tudo. Desenhos, maquetes, apresentações de projetos. Todo mundo começa assim", afirma a arquiteta Maria Fernanda Silva de Oliveira, 24.
Além de áreas tradicionais, como a elaboração de projetos, o arquiteto pode optar por campos mais específicos, como o design de móveis. É possível dedicar-se ao urbanismo, em que é planejado e definido o zoneamento de cidades, ou se especializar em áreas como o paisagismo, a iluminação, a cenografia ou a restauração.
"É um curso com conteúdos de humanas, exatas e tecnológicas. Isso é um ponto positivo", diz a coordenadora-associada do curso de arquitetura e urbanismo da Unicamp Doris Catharine Kowaltowski. "O aluno lê e desenha muito e precisa ter paciência para fazer um monte de maquetes."


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