DA REPORTAGEM LOCAL

Se algum objeto tem movimento, provavelmente foi desenvolvido com a ajuda de um engenheiro mecânico. A participação do profissional na fabricação desse tipo de produto e também na dos que são estáticos é fundamental.
Isso porque, além de trabalhar no projeto do produto final, o engenheiro desenvolve as máquinas utilizadas na fabricação e decide de que maneira elas se articularão, formando a linha de produção industrial. O desenvolvimento de sistemas automatizados, em parceria com engenheiros eletrônicos, por exemplo, é uma das suas atribuições possíveis.
"Por isso esse profissional pode atuar em qualquer tipo de fábrica. Em indústrias agrícolas, é ele que desenvolve formas automatizadas de colher laranja e processar o suco, em cooperação com o engenheiro de alimentos", disse Franco Giuseppe Dedide, coordenador do curso da Unicamp.
O engenheiro mecânico pode também exercer funções administrativas -como o gerenciamento da produção, o treinamento de funcionários e a avaliação do mercado consumidor. Essa visão do funcionamento da empresa está abrindo outra área de atuação: a análise de negócios, em que se estuda a possibilidade de uma empresa ou de um produto ser um bom investimento.
O curso é abrangente, mas basicamente constituído de matérias exatas. Na parte prática, aprende-se o funcionamento de ferramentas e máquinas, como o torno mecânico. "A idéia é conhecer o processo, não se tornar um torneiro", diz Roberto Bortolussi, coordenador do curso na FEI (Faculdade de Engenharia Industrial).
É comum durante a graduação o desenvolvimento de projetos especiais, que depois geram competições entre as faculdades. Entre os projetos, está o Aerodesign, em que são projetados aviões de controle remoto. Rogério Reder Gimenez, 24, é o capitão da equipe da Escola de Engenharia Mauá. "Adquirimos novos conhecimentos técnicos e aprendemos como trabalhar em equipe", disse.


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