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Guia do GP Brasil
Bahrein
O Mundial começa no
Oriente Médio, a
11.800 km do palco
do encerramento,
São Paulo. E com um nó tático
de Fernando Alonso em Michael Schumacher, primeiro
indício de que o alemão terá outro ano complicado pela frente.
No treino oficial, tudo corre
bem para a Ferrari. Schumacher crava a pole, igualando as
65 de Ayrton Senna, com Felipe Massa em segundo lugar, logo na sua estréia pela Ferrari.
Alonso é o quarto no grid,
mas faz uma largada fantástica
e fecha a primeira volta em segundo. Passa, então, a pressionar o heptacampeão: o plano é
se aproximar o máximo possível do líder e tentar o bote na
segunda janela de pits stops,
quando prevê ficar na pista, sozinho, por quatro voltas a mais.
A estratégia, porém, sai errada. Schumacher entra nos boxes mas, em vez de pista livre,
Alonso encara uma seqüência
de retardatários e não consegue impor o ritmo necessário
para fugir do alemão. Pior: na
38ª volta encontra Massa pela
frente. A situação começa a ficar apertada. Perder mais tempo comprometeria seu plano.
O espanhol age rápido. Passa
um rádio para a equipe e, no giro seguinte, surpreende Sakhir.
Entra nos boxes uma volta
antes do programado e sai exatamente ao lado do alemão. Os
dois contornam a primeira curva lado a lado, quase tocam as
rodas, e o espanhol leva a melhor. Fecha a volta com 1s207
de folga e a partir daí vê a situação se inverter: de perseguidor,
passa a conviver com a pressão
exercida por Schumacher.
Não é um grande problema:
sem cometer erros, cruza a linha de chegada com 1s246 de
vantagem para o adversário.
"Foi uma briga muito apertada", define Alonso. "Foi uma
briga boa", completa o alemão.
E esse é só o começo.
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