São Paulo, Domingo, 21 de Março de 1999
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Legião estrangeira invade Hollywood

ADRIANE GRAU
enviada especial a Los Angeles

Rogério Assis
O diretor Walter Salles e a atriz fernanda Montenegro, do filme "Central do Brasil", em Los angeles, anteontem


CLAUDIO CASTILHO
especial para a Folha, em Los Angeles

1999 é o ano dos estrangeiros em terra estrangeira. Há dois anos, a cerimônia de entrega do Oscar foi dominada pelos independentes, liderados por "O Paciente Inglês". No ano passado, foi a vez da megaprodução "Titanic". Neste, a vez é da globalização, da qual participam o brasileiro "Central do Brasil", que concorre à inédita estatueta de melhor atriz (Fernanda Montenegro, a primeira latino-americana na disputa) e também à de filme estrangeiro (a terceira vez em quatro anos), e o italiano "A Vida É Bela", candidato a sete Oscar.
Mas o diretor brasileiro parece não ter expectativas em relação a uma possível vitória de seu filme na festa deste domingo, vou preparar um possível discurso de agradecimento", disse à Folha. Ele crê, no entanto, numa vitória de Fernanda Montenegro. Ao contrário de Walter Salles, a atriz diz que o filme, e não ela, tem chances de levar a estatueta.
O cineasta alugou a roupa que irá vestir no dia da festa. "Esse é um detalhe pelo qual eu me desinteresso profundamente. Desde que seja preto e tenha aquela gravatinha de praxe, tudo bem", disse. Já Montenegro, que estará sentada na primeira fila, escolheu um Valentino. Discreta, vai usar um longo preto, de crepe de seda, com mangas bordadas e ombros em tule, com casaco preto. "Hoje fui experimentar o vestido. Porque tem o ritual do vestido, da maquiagem, do sapato. Todo prêmio é um ritual hollywoodiano", ela diz.


Colaborou Erika Palomino, colunista da Folha

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