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Em Artur Alvim, 41% vão trabalhar de metrô
JOÃO PEQUENO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Somente São Lucas e Sapopemba, entre os 15 distritos da
região, deram notas ao transporte inferiores à média municipal (6,6). A média regional foi
7,1, com Penha (8,1) e Belém (8)
registrando as maiores notas.
Belém ainda teve um dos dez
menores tempos médios de
viagem ao trabalho (24,9 min)
da cidade.
Mesmo sem metrô, Cangaíba
foi onde mais moradores apontaram o transporte como principal qualidade (10%) -a maioria (36%) usa ônibus para ir ao
trabalho.
Já Artur Alvim é onde a
maior porcentagem de moradores (41%) em toda a cidade
usa metrô diariamente. A estação do distrito é recordista de
passageiros na região, com 65
mil entradas por dia, segundo a
Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos. Moradora do distrito há cinco anos, a
enfermeira Maria Aparecida
Horn, 60, nunca mais se atrasou para o trabalho, mesmo
trabalhando a 25 quilômetros
de casa, em Indianópolis (zona
sul), onde cuida de uma idosa.
Do Belém ao centro, a vendedora Luciana Soares, 22, confirma que a viagem é rápida de
metrô. Na Penha, o técnico em
eletrônica Joaquim Conceição,
53, diz que nunca demora esperando metrô nem ônibus, nos
quais afirma subir facilmente,
mesmo precisando usar muletas devido a paralisia infantil.
Para o engenheiro Cláudio de
Senna Frederico, primeiro gerente de operações do metrô de
São Paulo, é difícil imaginar os
bairros centrais da zona leste
sem este transporte hoje. "Com
o crescimento da população,
até pondo corredores de ônibus em todas as vias principais,
a capacidade de tráfego seria
insuficiente para a demanda
sentido centro", analisa.
Mesmo sem metrô, porém,
os moradores de Cangaíba deram nota 7,7 aos transportes-
superior à média da região.
"Tem muitos ônibus, vários
passando no metrô", aponta a
estudante de enfermagem Suellen Muriel, 23.
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