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Vasco quer cobrir painéis de publicidade
da Sucursal do Rio
O vice-presidente de Futebol do
Vasco, Eurico Miranda, reagiu
com virulência ao recém-assinado
contrato da Traffic com a Suderj
(Superintendência de Desportos
do Estado do Rio de Janeiro) referente à exploração de 18 painéis no
Maracanã.
Miranda notificou o órgão na
quarta-feira sobre a reivindicação
de seu clube de receber uma parcela da arrecadação com as placas na
final de hoje.
"Como a resposta foi de que nenhum tostão seria pago, pedimos à
Justiça para impedir a exibição das
placas. Queremos que todas elas
sejam cobertas com um pano preto", afirmou Miranda.
Para o dirigente-deputado
(PPB-RJ), a administração do Maracanã não tem o direito de faturar
com os clubes que alugam o estádio.
"Já pago 13% da renda como taxa. Vou dar dinheiro de placa para
eles?"
"Nos Estados Unidos, quando
um clube aluga o Giants Stadium,
ele decide se quer o estádio com ou
sem publicidade."
Eurico x Kleber
O ataque de Miranda ao contrato
é um novo capítulo na sua "guerra" política com o presidente do
Flamengo, Kleber Leite, sócio da
Traffic, segundo Raul Raposo,
presidente da Suderj.
O dirigente vascaíno disse que o
contrato das emissoras de TV com
os clubes para o Torneio Rio-São
Paulo de 98 determinava que todos
os jogos fossem no Maracanã.
"Kleber participou do acordo.
Como eu só aceitei que o Vasco fizesse em São Januário os jogos em
casa, já estão tendo que marcar
clássicos cariocas para Brasília",
disse Miranda.
De acordo com seus cálculos, o
Vasco ganha cerca de R$ 40 mil
por partida com a exploração de
placas em São Januário, onde faz
as partidas de menor importância.
"Em 25 jogos com televisão em
um ano, faturamos R$ 1 milhão."
Kleber Leite afirma que, para polemizar com Miranda, o Flamengo
escala o roupeiro Babão.
Raul Raposo defendeu a negociação com a Traffic afirmando
que também não fez licitação nos
anos de 1995 e de 1996.
"Estou rigorosamente dentro
da lei. Consegui agilidade e melhor
preço. Tudo o que se faz com licitação em qualquer lugar do Brasil
sai mais caro. Essa é uma lei falida", afirmou.
O presidente da Suderj será candidato a deputado estadual em
1998.
(MÁRIO MAGALHÃES)
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