São Paulo, Quinta-feira, 22 de Abril de 1999
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Conheça a metodologia da pesquisa

da Redação

Esta pesquisa é uma realização da Gerência de Pesquisas de Opinião do Datafolha. Ela foi realizada nos dias 17 e 18 de março, no Rio de Janeiro, e entre 10 e 17 de março, em Lisboa. Foram entrevistadas 616 pessoas com 16 anos ou mais no Rio e 402 na capital portuguesa. O Datafolha elaborou o questionário, definiu critérios de aplicação e processou as respostas. Para a realização dos trabalhos de campo em Portugal, contratou-se o Instituto Euroteste, de Lisboa.
A pesquisa é um levantamento estatístico com amostragem estratificada por sexo e idade, com sorteio aleatório dos entrevistados. A margem de erro decorrente desse levantamento estatístico é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos, no Brasil, e de 5 pontos percentuais, em Portugal, dentro de um intervalo de confiança de 95%.
O Rio foi escolhido porque é a cidade brasileira onde a influência portuguesa é mais presente. Por sua vez, Lisboa concentra a maior parte dos brasileiros que vivem e trabalham em Portugal.
A proporção de homens (46%) e mulheres (54%) do Rio é quase a mesma de Lisboa (45% e 55%, respectivamente). Nos demais aspectos, as duas cidades apresentam diferenças significativas.
A população do Rio é mais jovem (21% dos entrevistados têm de 16 a 24 anos, 38% de 25 a 40 anos e 41% têm 41 anos ou mais) do que a lisboeta (53% dos moradores têm 41 anos ou mais).
A escolaridade apresenta indicadores semelhantes: 19% dos moradores do Rio têm nível superior, contra 18% dos lisboetas. A distribuição de renda em Portugal, porém, é bem melhor.
Calculando os rendimentos dos portugueses a partir do salário mínimo brasileiro, constata-se que 26% da população lisboeta tem renda familiar de até 10 salários mínimos, 30% recebe de 10 a 20 salários, e 25% vive com renda superior a 20 salários.
Já no Rio, 62% dos moradores têm uma renda familiar de até 10 salários, 21% recebem entre 10 e 20 salários, e apenas 15% ganham mais do que 20 salários mínimos mensais. Ao mesmo tempo, uma parcela maior dos portugueses está fora do mercado de trabalho: 45% dos entrevistados não integram a População Economicamente Ativa, contra apenas 33% dos cariocas.


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