São Paulo, domingo, 24 de fevereiro de 2008

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FEDERAIS

Universidades querem selecionar 2.543 docentes até o mês de junho

Professores ficam com um terço das novas vagas

RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Entre os 7.263 profissionais de nível superior que o governo federal selecionará por concursos neste ano, os que mais acharão postos serão os professores, que ficarão com 35% das vagas.
Em ritmo de expansão, todas as universidades federais foram autorizadas a realizar concursos. Cada uma publicará seus editais até o mês de junho.
O Ministério da Educação contratará em peso: serão 4.815 vagas de nível superior, 2.543 para docentes e 2.272 para técnicos administrativos -profissionais formados em áreas como biblioteconomia, engenharia, pedagogia e serviço social.
E há a expectativa de que mais postos sejam abertos, diz o secretário de educação superior do Ministério da Educação (Sesu-MEC), Ronaldo Mota.
As oportunidades também chegam a outras áreas de formação. De olho no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o governo federal valoriza novos profissionais.
"Criamos recentemente as carreiras de analista e especialista em infra-estrutura, para as quais já autorizamos concurso com 600 vagas de engenheiros, arquitetos e geólogos", diz Marcelo Estevão de Moraes, secretário de gestão do Ministério do Planejamento.
Os setores em evidência na economia também abrem vagas. Entre os que recrutarão mais de cem profissionais estão a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis; 243 vagas, 147 especialistas em regulação de petróleo e derivados, álcool combustível e gás natural), o Supremo Tribunal Federal (185 vagas, 80 jornalistas) e o Senado (150 vagas).

Regularização
A mensagem presidencial sobre o Orçamento de 2008 trazia a previsão de substituir 11.446 profissionais terceirizados por servidores neste ano.
A intenção do governo federal é frear a contratação irregular de funcionários cuja atividade principal seja parte da atribuição do serviço público.
No final do ano passado, o governo fez um acordo na 17ª Vara do Trabalho de Brasília em que se comprometeu a contratar serviços terceirizados somente em tarefas consideradas auxiliares, como limpeza, segurança, vigilância e informática.
Segundo o procurador-geral da União, Luis Henrique Martins dos Anjos, o acordo envolve cerca de 15 mil funcionários da administração direta.
Até meados de 2009, 30% deles deverão ter sido substituídos. Outros 30% precisarão estar regularizados ao término de 2009, e o restante, até o final de 2010. A multa é de R$ 1.000 por trabalhador irregular.
"O Ministério do Planejamento assume o compromisso de mapear as necessidades da força de trabalho dos órgãos e apresentar propostas de regularização", reforça Moraes.


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