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DIPLOMA BILÍNGUE
ESPM e FGV iniciam dupla titulação
Anhembi, Faap, PUC, Unesp, Unicamp e Poli-USP também oferecem esse tipo de programa
IGOR GIANNASI
JULIANA CARIELLO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Sim, nós queremos cursar
parte da "university abroad". É
uma oportunidade "unique".
Pela vivência cultural e "los
dos" títulos. Se os destinos e os
cursos são variados, a opinião
dos estudantes sobre o duplo
diploma (um de universidade
brasileira e outro de estrangeira) é que vale muito a pena.
Neste ano, a ESPM e a FGV
de São Paulo passam a oferecer
a dupla diplomação nos cursos
de relações internacionais e de
direito, respectivamente.
O programa consiste em fazer parte do curso no Brasil,
parte no exterior e obter dois
diplomas. Com isso, o jovem
pode trabalhar nos países onde
os títulos são reconhecidos.
Anhembi, Faap, PUC-SP,
Unesp (Guaratinguetá), Unicamp e Poli-USP, entre outras,
também já oferecem esse tipo
de programa a seus alunos.
"O duplo diploma será um
verdadeiro diferencial para
mim. Pós-graduação é super
comum, inglês é obrigatório",
diz o estudante de relações internacionais da ESPM Erick
Griscenco, 19, que vai para a
Flórida, nos EUA, em agosto.
Além de completar a grade da
ESPM, ele fará 11 disciplinas da
Universidade Internacional
Schiller. Nove delas nos EUA
ou em um dos seis campi na Europa e duas on-line.
"O conhecimento de novas
culturas e ambientes de negócio, a realização de estágio no
exterior e a fluência em inglês e
espanhol tornarão nossos alunos mais preparados para a
competição global", aposta Sérgio Pio, diretor do curso de relações internacionais da ESPM.
Para participar do programa,
o estudante tem de ter completado o primeiro ano, ter uma
das notas mais altas de sua classe e não possuir problemas disciplinares naquele semestre.
A Escola de Direito da FGV
(Fundação Getulio Vargas)
acaba de fechar uma parceria
com sua correspondente na
Universidade de Illinois (EUA).
Alunos do quinto ano da FGV
poderão cursar o último semestre na instituição americana.
Além de obter a equivalência
das disciplinas e conseguir a
dupla titulação, os alunos podem ainda antecipar em um semestre as matérias do LL.M
(curso equivalente a um MBA,
voltado para o campo jurídico),
que tem duração de um ano.
Pelo convênio, depois do término da pós nos EUA, o aluno
poderá prestar o exame da ordem dos advogados do Estado
em que está e advogar por lá.
Mas quem quer participar
tem de se preparar desde o início da graduação. Em geral, o
mínimo exigido pelo programa
é bom desempenho acadêmico
somado ao domínio do idioma.
"O que faz prosperar um
acordo [entre faculdades] é, em
primeiro lugar, a qualidade dos
alunos que vão e que vêm e o interesse deles pelo programa",
diz Maria Lúcia Pádua Lima,
coordenadora de relações internacionais da Direito FGV.
Primeira aluna a participar
da parceria, Isabel Freitas Peres, 23, já se prepara para o embarque no segundo semestre.
"É muito importante um aperfeiçoamento como esse. Vale
muito, principalmente, nos
grandes escritórios", avalia ela.
Boom
Mesmo sem saber o número
exato de faculdades que oferecem a dupla titulação, o Faubai
(Fórum das Assessorias das
Universidades Brasileiras para
Assuntos Internacionais) diz
que houve uma alta na oferta
do programa desde 2004.
"O aumento se deu porque as
universidades brasileiras passaram a buscar parcerias, e não
apenas a fechar acordo quando
procuradas pelas estrangeiras",
diz Suzana Queiroz, do Faubai.
As primeiras parcerias se deram em 1999, entre a inglesa
Middlesex e as brasileiras UCS
(de Caxias do Sul) e UFPE (federal de Pernambuco).
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