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SP 450
Mais da metade diz não praticar atividade física
DA REDAÇÃO
O que poderia ser chamado de indicador de atividade
é, mais propriamente, um
alerta de sedentarismo. Apenas 44% dos paulistanos ouvidos pelo Datafolha declaram praticar alguma forma
de exercício físico.
Fator determinante da
qualidade de vida da população, a situação é mais grave
justamente entre os mais pobres -71% não praticam
atividade física nas classes D
e E. Na faixa de renda familiar mensal até cinco salários
mínimos, 62% se declararam sedentários.
Os homens praticam mais
exercícios (53%) do que as
mulheres (36%). Entre os
paulistanos que têm 41 anos
ou mais, 64% não têm atividade física. Os de escolaridade mais alta se manifestaram
mais ligados à prática de
exercícios físicos.
A atividade preferida é a
caminhada, com 16%. Em
segundo lugar, com 13%,
aparece o futebol. Vêm a seguir, com 4% cada uma, ginástica e musculação. O ciclismo tem 3% das preferências. Natação, vôlei, corrida e
dança empatam com 2%.
Segundo o médico Victor
Matsudo, 54, consultor da
Organização Mundial da
Saúde e coordenador do
programa Agita São Paulo,
os principais fatores alegados por sedentários são: a
falta de tempo para a atividade física (o mais freqüente),
a insegurança e a ausência
de locais apropriados.
Segundo Matsudo, a prática de exercícios é maior nas
demais áreas do Estado do
que na região metropolitana
de São Paulo. Na capital, pesam os motivos citados pelos sedentários. A cidade,
analisa Matsudo, segrega as
mulheres. Um exemplo disso é a prática de ciclismo pelo sexo feminino. A bicicleta,
muito popular no interior
do Estado, é usada por apenas 1% das mulheres ouvidas pelo Datafolha.
(ECD)
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