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ESPANHOL
Idioma já concorre com o inglês nos currículos
Negócios e curso profissional na Espanha e na América Latina valorizam aprendizado
da língua
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Conhecer realmente o espanhol é uma habilidade que ganha cada vez mais espaço nas
empresas, mesmo nas que não
têm sangue latino ou ibérico.
Na Petrobras, Josefina Vignolo, gerente de processos corporativos de RH da área internacional da companhia, ressalta que o idioma é bastante usado para se relacionar com
clientes que falam a língua e
por profissionais que fazem
treinamentos no exterior.
"Temos muitos cursos em escolas de negócios na Espanha
atualmente", ressalta. Para
aproveitar as oportunidades,
explica, é necessário ter bom
domínio do idioma -não basta
arranhar o "portunhol".
Ela também comenta que os
negócios globais da companhia
fazem com que o espanhol, assim como o inglês, seja cada vez
mais necessário.
"Não é obrigatório falar uma
língua ou a outra, mas há cada
vez mais pessoas chegando
fluentes à empresa. Os concursos exigem prova de inglês ou
de espanhol", afirma.
Já na Vivo, que tem participação acionária de espanhóis
(metade do controle é da Telefonica), o idioma é usado por
quem tem de se comunicar com
a sede na Espanha -uma tarefa
rotineira para os profissionais
da área econômica.
Além de treinar o idioma comunicando-se por e-mails e
por telefone, os funcionários da
empresa podem capitalizar o
conhecimento de espanhol para participar de treinamentos.
"A maioria dos treinamentos
feitos no exterior são na Espanha", conta Lilia Vieira, gerente
de desenvolvimento da Vivo.
Semelhança enganosa
A empresa concede bolsas de
estudo a alguns funcionários,
usando como critério o uso que
se faz do idioma no escritório.
"A política é que o curso seja
concedido desde que seja usado
no dia-a-dia", explica Vieira.
"Quem tem contato com a
matriz deve saber falar espanhol fluentemente. Ter o idioma facilita o intercâmbio e o
treinamento", completa.
A proximidade entre o espanhol e o português favorece a
compreensão, mas também vira campo minado para erros.
Juan Jorge Fernández, chefe
de estudos do Instituto Cervantes, afirma que 70% do vocabulário das línguas é igual,
mas que o "valor semântico das
palavras é diferente".
"Entre as línguas neolatinas,
o português e o espanhol são as
mais próximas", argumenta.
A similaridade do vocabulário, aliada à diferença de significado das palavras, é o que confunde brasileiros e configura o
"portunhol", explica.
Para fugir dessa armadilha, o
chefe de estudos do Instituto
Cervantes recomenda ter sempre o dicionário como aliado e
estudar tendo consciência de
que, embora as palavras possam ser parecidas, seu significado muda.
(AL)
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