São Paulo, domingo, 25 de janeiro de 2009

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ESPANHOL

Idioma já concorre com o inglês nos currículos

Negócios e curso profissional na Espanha e na América Latina valorizam aprendizado da língua

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Conhecer realmente o espanhol é uma habilidade que ganha cada vez mais espaço nas empresas, mesmo nas que não têm sangue latino ou ibérico.
Na Petrobras, Josefina Vignolo, gerente de processos corporativos de RH da área internacional da companhia, ressalta que o idioma é bastante usado para se relacionar com clientes que falam a língua e por profissionais que fazem treinamentos no exterior.
"Temos muitos cursos em escolas de negócios na Espanha atualmente", ressalta. Para aproveitar as oportunidades, explica, é necessário ter bom domínio do idioma -não basta arranhar o "portunhol".
Ela também comenta que os negócios globais da companhia fazem com que o espanhol, assim como o inglês, seja cada vez mais necessário.
"Não é obrigatório falar uma língua ou a outra, mas há cada vez mais pessoas chegando fluentes à empresa. Os concursos exigem prova de inglês ou de espanhol", afirma.
Já na Vivo, que tem participação acionária de espanhóis (metade do controle é da Telefonica), o idioma é usado por quem tem de se comunicar com a sede na Espanha -uma tarefa rotineira para os profissionais da área econômica.
Além de treinar o idioma comunicando-se por e-mails e por telefone, os funcionários da empresa podem capitalizar o conhecimento de espanhol para participar de treinamentos.
"A maioria dos treinamentos feitos no exterior são na Espanha", conta Lilia Vieira, gerente de desenvolvimento da Vivo.

Semelhança enganosa
A empresa concede bolsas de estudo a alguns funcionários, usando como critério o uso que se faz do idioma no escritório. "A política é que o curso seja concedido desde que seja usado no dia-a-dia", explica Vieira.
"Quem tem contato com a matriz deve saber falar espanhol fluentemente. Ter o idioma facilita o intercâmbio e o treinamento", completa.
A proximidade entre o espanhol e o português favorece a compreensão, mas também vira campo minado para erros.
Juan Jorge Fernández, chefe de estudos do Instituto Cervantes, afirma que 70% do vocabulário das línguas é igual, mas que o "valor semântico das palavras é diferente".
"Entre as línguas neolatinas, o português e o espanhol são as mais próximas", argumenta.
A similaridade do vocabulário, aliada à diferença de significado das palavras, é o que confunde brasileiros e configura o "portunhol", explica.
Para fugir dessa armadilha, o chefe de estudos do Instituto Cervantes recomenda ter sempre o dicionário como aliado e estudar tendo consciência de que, embora as palavras possam ser parecidas, seu significado muda. (AL)


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