São Paulo, domingo, 26 de agosto de 2007

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Einstein é o melhor dos 343 hospitais de SP

A capital paulista tem 343 hospitais (sendo 45 públicos, 28 filantrópicos e 270 privados) e pelo menos 51 mil médicos em atuação.
Para traçar um panorama de como são vistas as instituições de saúde, a pesquisa Datafolha ouviu mil médicos entre os dias 10 de maio e 20 de junho. Profissionais de várias especialidades atuantes em hospitais e clínicas foram questionados sobre as melhores entidades da cidade e as características que as diferenciam das demais.
Os entrevistados responderam, por telefone, primeiro a questões gerais sobre quais são, na opinião deles, o melhor hospital de São Paulo, a melhor UTI, o melhor pronto-socorro e o melhor centro cirúrgico.
Em seguida, eles foram ouvidos sobre as mesmas categorias levando em consideração sua especialidade médica.
Os entrevistados foram escolhidos aleatoriamente a partir de uma amostra representativa do total de médicos atuantes em São Paulo. Para as questões por área, foram feitas mais entrevistas intencionais.
Isso quer dizer que a quantidade, por exemplo, de cardiologistas (3%) e ortopedistas (4%) é equivalente à divisão de especialidades dos profissionais em atividade na capital. O mesmo vale para os recortes por sexo, idade e tempo de conclusão do curso e para a divisão entre os que atendem em hospitais (76%) e em consultórios (68%).
"O importante da pesquisa é divulgar dados de interesse público que, na maioria das vezes, ficam restritos às estratégias de gestão dessas instituições", diz Alessandro Janoni, diretor de pesquisas do Datafolha.
Durante as entrevistas, os médicos também informaram em quais hospitais atendiam -as respostas foram múltiplas e espontâneas (eles podiam citar mais de um e não receberam lista de opções). Esses resultados representam também a realidade do mercado de trabalho em saúde na cidade.

Expansão
Os hospitais de São Paulo citados na pesquisa vivem hoje um boom de expansão, com investimentos milionários em hotelaria, troca de tecnologia e construção de novos prédios.
O Sírio-Libanês, por exemplo, vai investir R$ 350 milhões até 2012 no seu projeto de expansão, que inclui a construção de uma nova torre. O Einstein segue o mesmo caminho: construirá, também até 2012, um novo conjunto de prédios com foco em ambulatórios ao custo de R$ 360 milhões.
Do ponto de vista tecnológico, os maiores hospitais da cidade se equivalem. Aparelhos como o PET/CT, que diagnostica lesões tumorais muito pequenas, estão disponíveis no Einstein, no Sírio e no Hospital A.C. Camargo, por exemplo.

Por área
O destaque do Sírio-Libanês é na oncologia: 31% dos especialistas dessa área apontam a instituição como a melhor.
O InCor (Instituto do Coração), ligado ao HC, é considerado o melhor em cardiologia por 43% dos especialistas -e o próprio HC foi citado por 7%.
Na opinião de 33% dos ginecologistas e obstetras ouvidos, o São Luiz tem a melhor maternidade da capital.
Na pediatria, o Albert Einstein volta a se destacar: 29% apontam o hospital como o melhor da área.
A pesquisa mostra menos distância entre os hospitais na área de ortopedia, com Oswaldo Cruz (19%), Albert Einstein (16%), Hospital das Clínicas (13%) e Santa Casa (12%).


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