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Escolas tradicionais se tornam bilíngues
Colégios contam com a ajuda de consultores externos ou adquirem licenças de programas que já existem
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Para atender aos pais e
alunos que querem uma boa
formação no inglês, escolas
tradicionais estão criando ou
adotando programas bilíngues em seus currículos.
Nessa mudança, os colégios contratam consultores
ou adquirem licenças de programas já existentes.
O colégio francês Emilie de
Villeneuve, na Vila Mascote,
fundado em 1955 pela congregação Irmãs Azuis, iniciou o ensino bilíngue em inglês e português em 2008.
Antes obrigatórias, as aulas de francês viraram opcionais para dar mais espaço para o inglês. "Acompanhamos
nosso tempo, e esse idioma é
obrigatório", diz a diretora
Luiza Cesca, a irmã Solange.
A proposta contou com
consultoria do colégio Playpen (Morumbi), um dos primeiros bilíngues da cidade.
Hoje, o Emilie de Villeneuve oferece a educação bilíngue a 168 alunos do infantil e
do fundamental. No total, a
escola tem 1.456 alunos.
SYSTEMIC
Fundado em 1959, o colégio Friburgo/Casinha Pequenina (Granja Julieta) adotou
neste ano o Systemic Bilingual. Criado pelas irmãs alagoanas Vanessa e Fátima Tenório, o sistema ensina inglês por meio de temas interdisciplinares -como dinossauros ou sistema solar.
A carga do idioma estrangeiro no Friburgo é dada em
cinco horas semanais de aulas, o que rende ao colégio o
caráter de semibilíngue, segundo o Systemic.
Antes de adotar o programa, o colégio passou a dar
aulas de inglês com professores de um curso externo.
Mas, para a direção, o sistema implantado agora foi o
que deu melhor resultado.
Em 2005, após 45 anos da
sua fundação, o colégio Rio
Branco -com unidades na
capital e na Grande SP- adotou um currículo onde os alunos têm um terço da carga
horária em inglês.
Nas salas, há um professor
regente, que ensina o conteúdo regular, e um polivalente
bilíngue, que introduz o vocabulário em inglês a partir
do conteúdo dado. "Oferecemos a interação com o inglês
sem desprezar a cultura-mãe", diz Renata Condi,
coordenadora de línguas estrangeiras.
(RAPHAEL MARCHIORI, RAPHAEL SASSAKI e RODNEI CORSINI)
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