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É difícil achar bons professores, dizem colégios
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
"Faltam professores bem
preparados para atuar em escolas bilíngues." A declaração de Helena Whitelock, 40,
professora de ensino bilíngue há 15 anos, traduz a dificuldade dos diretores para
encontrar bons profissionais.
No cenário atual, as vagas
são ocupadas preferencialmente por pedagogos.
"Eles são especialistas na
formação da criança, mas geralmente não têm sensibilidade para a aquisição da linguagem", diz Marina Freitas
Silva, diretora da My School,
na Pompeia.
Também há espaço para
graduados em letras, que,
por lei, só podem dar aulas
do segundo idioma na educação infantil. São profissionais formados para a aquisição da linguagem, mas que,
por outro lado, não têm formação específica para o desenvolvimento infantil.
Para suprir essas carências
e trabalhar a alfabetização
no contexto bilíngue, escolas
como a Cidade Jardim/Playpen (Morumbi) e a Red Balloon do Pacaembu criaram
seus próprios centros de formação de docentes.
Antes de matricular as
crianças, os pais devem se
certificar sobre a fluência dos
professores. "O bilinguismo
não permite arestas no ensino do segundo idioma", diz o
doutor em letras Alexandre
Feldman.
(RAPHAEL MARCHIORI, LUCIANO BOTTINI FILHO e GUILHERME VOITCH)
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