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Aula em inglês exige um ensino integral
Lei determina que currículo básico seja em português, por isso aulas no segundo idioma demandam período extra
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
No ensino fundamental bilíngue, escrever na lousa
"circulatory system" e "geometry" para ensinar disciplinas como biologia e matemática pode ter um preço: os
alunos têm de passar mais
tempo na escola.
O aumento da carga horária é consequência da lei que
exige que o currículo básico
seja dado em português. Logo, as escolas bilíngues recorrem ao período estendido
ou ao regime integral para
ensinar em duas línguas.
A grade pode ser montada
de duas formas. Na primeira
opção, a mesma disciplina é
ensinada nos dois idiomas,
mas sem repetir o conteúdo
(currículo integrado).
Na outra, o uso da língua
estrangeira fica restrito às
disciplinas que não fazem
parte do currículo obrigatório, como música e teatro
(currículo complementar).
A segunda opção, segundo Selma Moura, especialista
em educação bilíngue, ainda
é a mais comum.
"Mas não é a mais recomendável", afirma.
Se a criança já tem vocabulário satisfatório no segundo
idioma, o currículo integrado
é o mais indicado, de acordo
com linguistas e educadores
consultados.
"O foco depende da escola, mas o uso do inglês apenas em disciplinas não obrigatórias não deve ser considerado bilíngue", diz Heloísa
de Mello, professora da Universidade Federal de Goiás.
(LUCIANO BOTTINI FILHO, RAPHAEL MARCHIORI E RAPHAEL SASSAKI)
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