São Paulo, domingo, 26 de setembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Aula em inglês exige um ensino integral

Lei determina que currículo básico seja em português, por isso aulas no segundo idioma demandam período extra

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

No ensino fundamental bilíngue, escrever na lousa "circulatory system" e "geometry" para ensinar disciplinas como biologia e matemática pode ter um preço: os alunos têm de passar mais tempo na escola.
O aumento da carga horária é consequência da lei que exige que o currículo básico seja dado em português. Logo, as escolas bilíngues recorrem ao período estendido ou ao regime integral para ensinar em duas línguas.
A grade pode ser montada de duas formas. Na primeira opção, a mesma disciplina é ensinada nos dois idiomas, mas sem repetir o conteúdo (currículo integrado).
Na outra, o uso da língua estrangeira fica restrito às disciplinas que não fazem parte do currículo obrigatório, como música e teatro (currículo complementar).
A segunda opção, segundo Selma Moura, especialista em educação bilíngue, ainda é a mais comum.
"Mas não é a mais recomendável", afirma.
Se a criança já tem vocabulário satisfatório no segundo idioma, o currículo integrado é o mais indicado, de acordo com linguistas e educadores consultados.
"O foco depende da escola, mas o uso do inglês apenas em disciplinas não obrigatórias não deve ser considerado bilíngue", diz Heloísa de Mello, professora da Universidade Federal de Goiás. (LUCIANO BOTTINI FILHO, RAPHAEL MARCHIORI E RAPHAEL SASSAKI)


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Frase
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.