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CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Área é vice em produção e em notas 7
Alcançando 14 conceitos máximos, o campo das biológicas só perde para ciências exatas e da terra
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Com o segundo maior volume de produção científica no
país em 2006, de acordo com o
último censo do CNPq, a área
de ciências biológicas tem tradição em pesquisa. Assim, ganha pontos com a Capes.
Essa seara também foi a vice-campeã em notas máximas na
avaliação da pós-graduação:
obteve 14 conceitos sete (contra 23 de ciências exatas e da
terra) e 26 conceitos seis, atrás
de ciências da saúde, com 29.
"A preocupação de biológicas
é ter publicações de alto nível e
estar sempre na fronteira do
conhecimento. Os docentes são
pesquisadores do CNPq", afirma Ângela Uller, pró-reitora de
pós-graduação e pesquisa da
UFRJ (Universidade Federal
do Rio de Janeiro), instituição
que abocanhou dois conceitos
sete (química biológica e ciências biológicas/biofísica).
Segundo ela, os alunos de
mestrado e doutorado são estimulados a publicar muito. Para
receber um título de doutor é
preciso ter artigos -se não publicados, pelo menos aceitos
por periódicos conceituados.
Mas isso não é tudo. "Para subir, não basta ter mais publicações. É preciso ser melhor do
que quem está na mesma situação que você, porque a avaliação é comparativa", diz Uller.
A taxa de crescimento dos
cursos na subárea biológicas 1,
a maior do grupo (com 103 programas de biologia geral, botânica, genética, oceanografia
biológica e zoologia), foi de 27%
em relação ao triênio anterior,
calcula Adalberto Val, ex-representante da área na Capes.
O Sudeste concentra os programas de biológicas (51%), seguido pelo Sul (20%), mas cursos novos foram implantados,
em sua maioria, no Nordeste,
para onde o setor pretende se
expandir, principalmente em
biotecnologia.
Um exemplo é um doutorado
na área compartilhado por várias instituições de todos os Estados nordestinos e do Espírito
Santo. "A idéia é alavancar o
Nordeste", afirma a professora
Paula Lima, secretária-executiva de pós-graduação da rede
Renorbio (leia mais na pág. 6).
O coordenador de biológicas
2 (biofísica, biologia molecular,
bioquímica, farmacologia, fisiologia, morfologia e neurociências), Adalberto Vieyra, diz
que as notas seis e sete da área
mantiveram-se estáveis em relação à última avaliação.
Para ele, os programas que
receberam o "selo de excelência" conseguiram congregar
pessoas competentes e souberam definir metas e objetivos e
caminhos para atingi-los.
Trunfo comunitário
Mas um dos segredos da Unifesp (Universidade Federal de
São Paulo), nota sete em biologia molecular e em microbiologia e imunologia, foram seus
projetos comunitários. "Não ficamos fechados", diz a coordenadora de pós em ciências biológicas, Helena Nader.
"Ajudamos a montar, entre
outros, o curso de bioquímica
da [Universidade] Federal do
Rio Grande do Norte, titulando
os docentes", exemplifica.
Esse tipo de medida está em
sintonia com os planos da Capes. A solidariedade será, segundo o diretor de avaliação da
instituição, Renato Janine Ribeiro, decisiva para ter seis ou
sete no futuro.
(RGV)
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