São Paulo, domingo, 27 de janeiro de 2008

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CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Área é vice em produção e em notas 7

Alcançando 14 conceitos máximos, o campo das biológicas só perde para ciências exatas e da terra

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com o segundo maior volume de produção científica no país em 2006, de acordo com o último censo do CNPq, a área de ciências biológicas tem tradição em pesquisa. Assim, ganha pontos com a Capes.
Essa seara também foi a vice-campeã em notas máximas na avaliação da pós-graduação: obteve 14 conceitos sete (contra 23 de ciências exatas e da terra) e 26 conceitos seis, atrás de ciências da saúde, com 29.
"A preocupação de biológicas é ter publicações de alto nível e estar sempre na fronteira do conhecimento. Os docentes são pesquisadores do CNPq", afirma Ângela Uller, pró-reitora de pós-graduação e pesquisa da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), instituição que abocanhou dois conceitos sete (química biológica e ciências biológicas/biofísica).
Segundo ela, os alunos de mestrado e doutorado são estimulados a publicar muito. Para receber um título de doutor é preciso ter artigos -se não publicados, pelo menos aceitos por periódicos conceituados.
Mas isso não é tudo. "Para subir, não basta ter mais publicações. É preciso ser melhor do que quem está na mesma situação que você, porque a avaliação é comparativa", diz Uller.
A taxa de crescimento dos cursos na subárea biológicas 1, a maior do grupo (com 103 programas de biologia geral, botânica, genética, oceanografia biológica e zoologia), foi de 27% em relação ao triênio anterior, calcula Adalberto Val, ex-representante da área na Capes.
O Sudeste concentra os programas de biológicas (51%), seguido pelo Sul (20%), mas cursos novos foram implantados, em sua maioria, no Nordeste, para onde o setor pretende se expandir, principalmente em biotecnologia.
Um exemplo é um doutorado na área compartilhado por várias instituições de todos os Estados nordestinos e do Espírito Santo. "A idéia é alavancar o Nordeste", afirma a professora Paula Lima, secretária-executiva de pós-graduação da rede Renorbio (leia mais na pág. 6).
O coordenador de biológicas 2 (biofísica, biologia molecular, bioquímica, farmacologia, fisiologia, morfologia e neurociências), Adalberto Vieyra, diz que as notas seis e sete da área mantiveram-se estáveis em relação à última avaliação.
Para ele, os programas que receberam o "selo de excelência" conseguiram congregar pessoas competentes e souberam definir metas e objetivos e caminhos para atingi-los.

Trunfo comunitário
Mas um dos segredos da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), nota sete em biologia molecular e em microbiologia e imunologia, foram seus projetos comunitários. "Não ficamos fechados", diz a coordenadora de pós em ciências biológicas, Helena Nader.
"Ajudamos a montar, entre outros, o curso de bioquímica da [Universidade] Federal do Rio Grande do Norte, titulando os docentes", exemplifica.
Esse tipo de medida está em sintonia com os planos da Capes. A solidariedade será, segundo o diretor de avaliação da instituição, Renato Janine Ribeiro, decisiva para ter seis ou sete no futuro. (RGV)


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