|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
Universo de cursos está em expansão
Geociências e ciências da computação registram aumento de programas; 45% deles têm alto desempenho
LUIZ DE FRANÇA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Os efeitos da mudança climática, a busca por novas matrizes
energéticas e a evolução das
tecnologias da informação impulsionam o universo das ciências exatas e da terra.
Para o coordenador do núcleo de geociências da Capes,
Roberto Dall'Agnol, essa especialidade vive momento de boa
demanda de minérios devido
ao crescimento econômico de
países como a Índia e a China.
"Nosso maior desafio é formar
profissionais suficientes para
atendê-la", comenta.
Se depender da qualidade da
oferta de pós, o objetivo será
cumprido. Entre os 42 cursos
de geociências, 45% alcançaram conceitos cinco, seis e sete.
As notas mais altas ficaram
com o programa de geociências
da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e
com os de meteorologia e geoquímica e geotectônica da USP.
Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), PUC-Rio
(Pontifícia Universitária Católica do Rio de Janeiro) e UFRJ
(Universidade Federal do Rio
de Janeiro) fecham o quadro.
Para a coordenadora do programa de geoquímica e geotectônica da USP, Marly Babinski,
a nota reflete os esforços da
equipe em manter um grau de
qualidade adquirido historicamente na formação de recursos
humanos na área no país.
"Incentivamos professores e
alunos a publicarem os resultados de suas pesquisas, dissertações e teses em revistas internacionais", afirma Babinski.
Ela anuncia novas linhas de
pesquisa sobre problemas da
variação climática em 2008.
Outro ramo de exatas em expansão é a ciência da computação. Hoje com 49 cursos de pós
no país, registrou crescimento
de 200% em dez anos.
Nesta avaliação, dois programas com essa especialidade ganharam a nota máxima da Capes: o de informática da PUC-RJ e o de engenharia de sistemas e computação da Coppe
(Coordenação dos Programas
de Pós-Graduação de Engenharia) da UFRJ.
"O problema da avaliação é
que foi muita informação ao
mesmo tempo. Muito pouco do
que sugerimos foi adotado", diz
o ex- coordenador de área, Carlos José Pereira de Lucena.
Horizonte em expansão
Já Cláudio Esperança, coordenador do programa de engenharia de sistema e computação da Coppe, contestou o fato
de a Capes não reconhecer congressos como meio de divulgação de pesquisas científicas.
"É injustiça, porque publicamos até mais do que programas
de engenharia", diz Esperança.
O curso da UFRJ, como o da
PUC-RJ, recebeu nota sete
após pedir recurso à Capes por
ter ganhado um seis.
Para o diretor de avaliação da
Capes, Renato Janine Ribeiro,
a área de ciências da computação tem bom desempenho, mas
ainda enfrenta um gargalo: a tímida formação de doutores.
"Não basta ter a "etiqueta" de
doutorado, tem de doutorar.
Computação promoveu mais
de 40% de seus programas nesta avaliação. No sistema todo, a
média [de aumento de notas]
foi de 5%. No final, a área acabou com 20% de promoções."
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Frase Índice
|