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CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
Instituições traçam plano para melhorar desempenho
Coordenadores de alguns dos cursos regulares pretendem incentivar professor e aluno a publicar mais artigos
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Cerca de 30% dos 337 cursos
de ciências exatas e da terra não
conseguiram emplacar notas
superiores a três na avaliação
da Capes -1,8 % deles foi considerado fraco ou ruim.
Em ciências da computação,
dois cursos estreantes tiveram
reações adversas às notas regulares que receberam.
A coordenadora do mestrado
em informática da UFPB (Universidade Federal da Paraíba),
Valéria Gonçalves Soares, planeja melhorar a nota três que o
curso recebeu nesta avaliação.
"Ficamos satisfeitos com o
resultado inicial", afirma. Entre os esforços para que os conceitos subam no próximo triênio está o de estimular alunos a
terminar o mestrado no prazo e
incentivar os professores a publicar mais artigos.
Ao contrário da UFPB, a UnB
(Universidade de Brasília) recorreu do três recebido pelo
curso de informática criado em
2003, mas não obteve sucesso.
"Foi a primeira avaliação,
mas estávamos trabalhando
muito para uma nota quatro",
diz a coordenadora de pós-graduação, Alba Cristina Melo,
que lembra a importância dessa nota para conseguir autorização para implantar o curso
de doutorado. "É o que pretendemos fazer tão logo obtenhamos a nota quatro", revela.
Publicações
A UFF (Universidade Federal Fluminense), por sua vez,
considera-se prejudicada no
quesito publicações científicas.
Com 16 professores e tendo
formado 11 mestres e quatro
doutores em 2006, o curso de
geologia e geofísica marinha foi
rebaixado de quatro para três.
"Discutimos a possibilidade de
reestruturar o curso para não
continuar com o três", diz o
coordenador, Cleberson Silva,
que cogita investir no mestrado profissional, que não tem
tanta exigência quanto à produção científica de docentes.
"A idéia é ficar com o profissional e o acadêmico e manter
professores com maior produtividade científica no acadêmico, diminuindo o número de
estudantes e elevando assim a
proporção de publicações por
aluno", afirma o coordenador.
Evasão de alunos
Silva também aponta a alta
empregabilidade do setor como
um dos fatores que contribuem
para a evasão de alunos durante o curso -um dos critérios de
peso na avaliação da Capes.
Não é esse o caso de seu aluno Charles Roberto Ferreira,
bolsista da Capes do segundo
ano de mestrado e que pretende chegar ao doutorado.
Para ele, a nota três não influencia o resultado alcançado
durante o curso. "Até agora não
tive problemas em seguir com
minhas pesquisas na utilização
da geofísica e geologia para
água subterrânea", comenta.
A única observação que faz é
quanto à aquisição de mais
equipamentos para os laboratórios. "Eventualmente entramos em convênio com outra
instituição quando precisamos", completa.
(LF)
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