São Paulo, domingo, 27 de janeiro de 2008

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CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

Instituições traçam plano para melhorar desempenho

Coordenadores de alguns dos cursos regulares pretendem incentivar professor e aluno a publicar mais artigos

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Cerca de 30% dos 337 cursos de ciências exatas e da terra não conseguiram emplacar notas superiores a três na avaliação da Capes -1,8 % deles foi considerado fraco ou ruim.
Em ciências da computação, dois cursos estreantes tiveram reações adversas às notas regulares que receberam.
A coordenadora do mestrado em informática da UFPB (Universidade Federal da Paraíba), Valéria Gonçalves Soares, planeja melhorar a nota três que o curso recebeu nesta avaliação.
"Ficamos satisfeitos com o resultado inicial", afirma. Entre os esforços para que os conceitos subam no próximo triênio está o de estimular alunos a terminar o mestrado no prazo e incentivar os professores a publicar mais artigos.
Ao contrário da UFPB, a UnB (Universidade de Brasília) recorreu do três recebido pelo curso de informática criado em 2003, mas não obteve sucesso.
"Foi a primeira avaliação, mas estávamos trabalhando muito para uma nota quatro", diz a coordenadora de pós-graduação, Alba Cristina Melo, que lembra a importância dessa nota para conseguir autorização para implantar o curso de doutorado. "É o que pretendemos fazer tão logo obtenhamos a nota quatro", revela.

Publicações
A UFF (Universidade Federal Fluminense), por sua vez, considera-se prejudicada no quesito publicações científicas.
Com 16 professores e tendo formado 11 mestres e quatro doutores em 2006, o curso de geologia e geofísica marinha foi rebaixado de quatro para três. "Discutimos a possibilidade de reestruturar o curso para não continuar com o três", diz o coordenador, Cleberson Silva, que cogita investir no mestrado profissional, que não tem tanta exigência quanto à produção científica de docentes.
"A idéia é ficar com o profissional e o acadêmico e manter professores com maior produtividade científica no acadêmico, diminuindo o número de estudantes e elevando assim a proporção de publicações por aluno", afirma o coordenador.

Evasão de alunos
Silva também aponta a alta empregabilidade do setor como um dos fatores que contribuem para a evasão de alunos durante o curso -um dos critérios de peso na avaliação da Capes.
Não é esse o caso de seu aluno Charles Roberto Ferreira, bolsista da Capes do segundo ano de mestrado e que pretende chegar ao doutorado.
Para ele, a nota três não influencia o resultado alcançado durante o curso. "Até agora não tive problemas em seguir com minhas pesquisas na utilização da geofísica e geologia para água subterrânea", comenta.
A única observação que faz é quanto à aquisição de mais equipamentos para os laboratórios. "Eventualmente entramos em convênio com outra instituição quando precisamos", completa. (LF)


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