São Paulo, domingo, 27 de janeiro de 2008

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CIÊNCIAS HUMANAS

Excelência puxa diálogo com exterior

Tradicionais e bem avaliados, centros de referência conquistam pesquisador de outros países da América Latina

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A pós-graduação em ciências humanas tem tradição: antropologia, geografia, história e sociologia estão entre os cursos mais antigos de universidades como USP, UFRJ e Unicamp, que lideram conceitos nessas áreas com programas implantados há mais de 20 anos.
Dos 321 programas avaliados, mais de 10% obtiveram nível de excelência, e a maior concentração de notas (um terço), como no triênio anterior, orbita ao redor da nota quatro.
Professores com dedicação integral e investigações de vanguarda são atrativos para alunos vindos de todo o país e de fora dele -gerando a tão procurada internacionalização, que leva um programa à nota sete.
São comuns convênios de intercâmbio docente e discente, pesquisas integradas entre países e publicação no âmbito internacional. Para os alunos, isso significa ampliar horizontes e trocar conhecimento.
O diálogo internacional é resultado da qualidade dos estudos realizados aqui. Centros de pesquisa brasileiros de sociologia, antropologia e arqueologia são referência na América Latina, ampliando o número de pesquisadores que chegam ao país em busca de qualidade.
"No Brasil estão sendo feitas pesquisas muito inovadoras na minha área", explica a mexicana Nashieli Rangel Loera, 29, doutoranda em antropologia pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), que veio estudar o movimento dos sem-terra como ampliação da pesquisa sobre organizações campesinas que desenvolvia em seu país de origem.
Se os centros de referência estão consolidados, o próximo passo é difundir os programas de pós-graduação "stricto sensu" por todo o país.
De acordo com Sérgio Adorno, representante da área de sociologia, "está havendo uma descentralização dos programas das capitais", originada pelo grande aumento no número de alunos formados no nível médio e no superior.

Busca frutífera
Nos centros de excelência, os pós-graduandos são capacitados para gerar núcleos de sua atividade em outras instituições, daí a preocupação constante em formar professores e pesquisadores de bom nível para o ensino superior.
Mas a expansão dos programas pelo país não é razão para diminuir viagens motivadas pelo estudo, e sim estímulo ao aprofundamento de diferentes linhas de pesquisa.
Para quem procura instituição para desenvolver sua pesquisa acadêmica, professores alertam sobre a importância de achar um centro que tenha um histórico na área de interesse.
"O aluno tem de avaliar as linhas de pesquisa da instituição e seu projeto, avaliar seu interesse nessas linhas e procurar professores que já tenham um certo aporte na área. É importante a mobilidade de alunos em busca de uma instituição que ofereça aprofundamento à sua temática", afirma Dirce Suertegay, ex-representante da área de geografia. (CC)


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