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ENGENHARIAS
Área tem número acima da média de conceitos regulares
Coordenadores creditam esse resultado a cursos novos que ainda não reúnem boa quantidade de pesquisa já publicada
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A porcentagem de programas que tiveram nota três
(37,5%) foi superior à média geral (30,9%), resultado creditado ao fato de muitos terem sido
credenciados há pouco tempo.
Na primeira avaliação, é comum receber conceito regular.
"A própria aceitação do curso
significa que está qualificado",
afirma o ex-coordenador da
área de engenharia 1, Vahan
Agopyan, que calcula que cerca
de 15% dos programas inscritos
são aprovados pela Capes.
"Ter nota três nos dois primeiros anos é típico, mas a partir de uma terceira avaliação o
programa tem que passar para
a nota quatro", pondera o coordenador-adjunto de engenharia 4, Reginaldo Palazzo Júnior.
Considerando que em engenharia valoriza-se a aplicação
de conhecimentos, coordenadores da área ficam de olho em
dados específicos. "Vemos se os
trabalhos tiveram impacto na
sociedade", elucida Agopyan.
O único programa de mestrado da EEM (Escola de Engenharia Mauá) ganhou três na
avaliação. "Não tínhamos como
apresentar trabalhos publicados em revistas, e esse foi o
principal aspecto que pesou",
justifica o coordenador do programa de pós-graduação "stricto sensu" da EEM, Leo Kunigk.
Como o curso foi credenciado pela Capes em 2005, trabalhos de mestrado começaram a
ser concluídos apenas no ano
passado, e só agora dissertações
de mestrado estão sendo submetidas a bancas.
Descredenciados
Entre os três cursos descredenciados na área, o mestrado
profissional em engenharia
mecânica da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas)
"já estava em processo de extinção havia dois anos, quando
interrompeu o ingresso de novos alunos", de acordo com nota publicada pela instituição.
Outro curso descredenciado
foi o de engenharia mecânica
da Univap (Universidade do
Vale do Paraíba). Segundo o ex-representante da área das engenharias da Capes, João Fernando Oliveira, o programa extinto teve baixo desempenho.
O pró-reitor de pesquisa e
pós-graduação da Univap,
Marcos Tadeu Pacheco, assina
embaixo. "O curso já nasceu
condenado, porque muitos
professores se desligaram e foram para outras instituições."
Ele conta que o curso, aprovado em 2004, formou apenas
três mestres até 2006.
Já na UFCG (Universidade
Federal de Campina Grande),
ainda que alguns programas de
engenharia tenham tido muito
bom desempenho na avaliação,
o mestrado em engenharia de
minas foi extinto.
"Isso ocorreu pela falta de
produtividade dos docentes e
dos alunos", afirma o coordenador-geral da pós-graduação
da UFCG, Mario Eduardo Rangel Moreira Cavalcanti Mata.
Ele conta que a carência de
profissionais de engenharia de
minas faz com que alunos sejam empregados rapidamente.
"Vamos propor reestruturação
com captação de recursos de
fundos setoriais", diz Mata.
(MB)
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