São Paulo, domingo, 27 de janeiro de 2008

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ENGENHARIAS

Área tem número acima da média de conceitos regulares

Coordenadores creditam esse resultado a cursos novos que ainda não reúnem boa quantidade de pesquisa já publicada

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A porcentagem de programas que tiveram nota três (37,5%) foi superior à média geral (30,9%), resultado creditado ao fato de muitos terem sido credenciados há pouco tempo. Na primeira avaliação, é comum receber conceito regular.
"A própria aceitação do curso significa que está qualificado", afirma o ex-coordenador da área de engenharia 1, Vahan Agopyan, que calcula que cerca de 15% dos programas inscritos são aprovados pela Capes.
"Ter nota três nos dois primeiros anos é típico, mas a partir de uma terceira avaliação o programa tem que passar para a nota quatro", pondera o coordenador-adjunto de engenharia 4, Reginaldo Palazzo Júnior.
Considerando que em engenharia valoriza-se a aplicação de conhecimentos, coordenadores da área ficam de olho em dados específicos. "Vemos se os trabalhos tiveram impacto na sociedade", elucida Agopyan.
O único programa de mestrado da EEM (Escola de Engenharia Mauá) ganhou três na avaliação. "Não tínhamos como apresentar trabalhos publicados em revistas, e esse foi o principal aspecto que pesou", justifica o coordenador do programa de pós-graduação "stricto sensu" da EEM, Leo Kunigk.
Como o curso foi credenciado pela Capes em 2005, trabalhos de mestrado começaram a ser concluídos apenas no ano passado, e só agora dissertações de mestrado estão sendo submetidas a bancas.

Descredenciados
Entre os três cursos descredenciados na área, o mestrado profissional em engenharia mecânica da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) "já estava em processo de extinção havia dois anos, quando interrompeu o ingresso de novos alunos", de acordo com nota publicada pela instituição.
Outro curso descredenciado foi o de engenharia mecânica da Univap (Universidade do Vale do Paraíba). Segundo o ex-representante da área das engenharias da Capes, João Fernando Oliveira, o programa extinto teve baixo desempenho.
O pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da Univap, Marcos Tadeu Pacheco, assina embaixo. "O curso já nasceu condenado, porque muitos professores se desligaram e foram para outras instituições." Ele conta que o curso, aprovado em 2004, formou apenas três mestres até 2006.
Já na UFCG (Universidade Federal de Campina Grande), ainda que alguns programas de engenharia tenham tido muito bom desempenho na avaliação, o mestrado em engenharia de minas foi extinto.
"Isso ocorreu pela falta de produtividade dos docentes e dos alunos", afirma o coordenador-geral da pós-graduação da UFCG, Mario Eduardo Rangel Moreira Cavalcanti Mata.
Ele conta que a carência de profissionais de engenharia de minas faz com que alunos sejam empregados rapidamente. "Vamos propor reestruturação com captação de recursos de fundos setoriais", diz Mata. (MB)


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