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INTENSIVO
Curso rápido exige maior dedicação e mais dinheiro
Estudante precisa de tempo para ampla carga horária e para exercícios
MARIA CAROLINA NOMURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Uma viagem à vista ou a
vontade de melhorar a fluência acelera a necessidade de
dominar um novo idioma.
Mas o enxuto tempo de
aprendizagem em um curso
intensivo -ideal nesses casos- é inversamente proporcional à dedicação ao estudo.
"Para aprender mais rápido, será necessário estudar
mais e por mais horas diárias. Não tem milagre", avalia Priscila Inserra, sócia-diretora da Jump In Company.
Assim, deve-se ter tempo
não só para ir à aula -que geralmente é mais longa do que
a de um programa regular-
mas também para atividades
fora da classe, afirma Jamil
Felix Filho, coordenador-geral da Alle Idiomas.
Nas horas livres, a internet
vira uma boa aliada para melhorar a fluência, opina Diego Liguori, coordenador dos
cursos de espanhol para estrangeiros do Colégio Miguel
de Cervantes.
"Hoje há YouTube, exercícios e dicionários on-line,
chats em espanhol e grupos
de discussão do estudo do
idioma", exemplifica.
Para Flora Rousseau, gerente comercial da Aliança
Francesa, a falta de tempo é
uma das principais razões
para as pessoas escolherem
os módulos rápidos.
"Não é todo mundo que
pode se dar o luxo de fazer
em sete ou oito anos um curso completo", considera.
CUSTOS
O ponto contrário a esse tipo de programa é o preço, superior ao de um curso extensivo, avalia Carlos Rigueira,
proprietário de escola de alemão homônima.
Ao saber que iria morar na
Alemanha, a escritora Natascha Müller, 38, mergulhou
em um intensivo de inglês de
três meses.
"Tinha três horas de aula,
quatro vezes por semana.
Consegui destravar a língua.
Achei melhor investir nesse
idioma do que começar o alemão do zero", afirma.
"Cursos intensivos são
mais eficazes para quem já
tem noção da língua", concorda Ana Virgínia Kesselring, diretora da Virginia
Center. Ela alerta que não
adianta concluir o curso em
meses e não praticar, pois o
conteúdo será esquecido.
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