São Paulo, domingo, 27 de julho de 2008

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Nana e Naiara "contam tudo", menos detalhes

Quando Nana Terra, 22, reatou com o namorado, a mãe foi a primeira a saber. Na casa dos Terra é assim: tanto Nana quanto sua irmã, Naiara, 20, recorrem a Kátia, 40, quando têm alguma novidade, dúvida ou problema.
As irmãs são um exemplo dos 37% de jovens que disseram concordar totalmente com a afirmação "minha mãe é minha melhor amiga e eu conto tudo para ela" na pesquisa.
Mas será que contam tudo mesmo? Nana diz que o que ela chama de "contar tudo" é ter a liberdade para falar de qualquer assunto, mas também respeito ao abordar temas delicados, como detalhes sobre um namoro.
Fátima Padin, coordenadora do ambulatório de adolescentes da Uniad/Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), diz que a preocupação em não contar tudo é saudável: "A filha tem que ter os seus segredinhos".
Para a professora da PUC-RS Adriana Wagner, ter diálogo não significa falar sobre qualquer assunto: "Quando chega uma cliente dizendo que é a melhor amiga da filha, eu pergunto: "Então quem é a mãe?'".
E essa é uma via de mão dupla, diz: "Nem os filhos devem dar detalhes de sua sexualidade nem os pais devem dividir questões conjugais íntimas".
Carla Nastari, 17, é um exemplo disso. "Minha mãe me orienta, eu converso com ela, mas ela não sabe de todos detalhes da minha vida." Elizabeth Nastari, 53, mãe de Carla e de Camila, 22, e Carolina, 25, é uma referência de confiança, e as filhas são unânimes ao falarem sobre o amor que sentem pela mãe. Carla, por exemplo, deu 11 para a pergunta "de zero a dez, quanto você ama sua mãe?" -1,3 ponto a mais do que a média apresentada pelo Datafolha. (PG)


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