São Paulo, domingo, 27 de julho de 2008

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Celular é usado na classe até para colar em provas

O celular já chegou à maioria (73%) dos jovens brasileiros e, com eles, às salas de aula -17% afirmam utilizá-lo nesse ambiente e 9%, para colar nas provas. O uso em sala é mais comum nas classes A e B (23% dos que possuem o aparelho) do que nas classes D e E (13%).
Escolas tiveram que criar regras para impedir que os aparelhos atrapalhassem as aulas. O Colégio Bandeirantes, de São Paulo, por exemplo, permite o uso no pátio e nos intervalos, mas o restringe em dias de prova. "Se o aluno estiver com o aparelho no bolso, já pode ter a prova anulada", diz o coordenador pedagógico, Onofre Rosa.
Ele conta que os professores tiveram de aprender a lidar com problemas envolvendo aparelhos eletrônicos.
Já o Colégio Piaget chegou a proibir o uso em qualquer local. "Eles recebiam ligações na sala e corriam ao banheiro para atender", diz a diretora pedagógica, Silvana Rodrigues. Hoje, porém, a escola permite que o aluno utilize o celular no pátio.
Segundo Regina Fleuss, do Colégio Notre Dame, do Rio, foi preciso adotar uma "tolerância zero". Ela diz que alunos e pais já entenderam que, caso precisem entrar em contato, devem usar o telefone da escola.

Querido mestre
Os jovens brasileiros fazem uma boa avaliação de seus professores e dão a eles, de zero a dez, uma nota média 8,1. Para a maioria (71%), o que se aprende na escola tem muita utilidade em suas vidas.
O percentual é ainda mais alto entre jovens das classes D e E. Eliane Ribeiro, professora da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), diz que a população pobre valoriza muito a escola porque sua rede de oportunidades é mais restrita. "Um garoto de classe média tem uma rede de amigos e familiares que o ajudará a encontrar um emprego. Para um jovem mais pobre, isso é mais difícil." (AG E GH)


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