São Paulo, domingo, 28 de janeiro de 2007

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Ciências exatas e da terra

Petróleo e química puxam oportunidades no mercado

País investirá US$ 87 bilhões na produção de petróleo em quatro anos

INGRID TAVARES
MARIANA IWAKURA

Colaboração para a Folha

Quando se trata de ciências exatas e da terra, o campo é próspero na área de geociências, especialmente para quem cavar pesquisas sobre petróleo.
A auto-suficiência do setor, fruto de um processo de expansão da infra-estrutura, puxa um crescimento de 30% na produção entre 2000 e 2005, segundo a ANP (Agência Nacional de Petróleo), considerando também o gás natural.
Se depender dos investimentos anunciados pela Petrobras, a expansão deve continuar. Até 2011, serão investidos US$ 87 bilhões no setor. Para o coordenador executivo do Prominp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural), José Renato de Almeida, 53, isso terá peso na criação de empregos.
"Em 2005, a Petrobras tinha 20 mil trabalhadores de nível técnico e superior no setor. De 2007 a 2010, espera-se que esse número alcance 70 mil", diz.
Apesar da pressão pela substituição de combustíveis fósseis por fontes de energia não poluentes, o setor não espera redução de vagas. "Ainda não é possível aplicar tecnologia na matriz energética limpa, como energia solar e biomassa", diz Leonardo Santos Caio, coordenador executivo do curso de especialização de negócios de petróleo, gás e biocombustíveis da FIA (Fundação Instituto de Administração).

Indústria química
Outra área que deve apresentar oportunidades é a de química, já que profissionais com essa formação atuam tanto na academia como na indústria. Como o químico tem formação ampla, pode se inserir em programas interdisciplinares. As áreas que estão em alta são as que congregam outras ciências, como a engenharia e a biologia.
A nanociência, que estuda e sintetiza partículas com tamanhos da ordem do bilionésimo do metro, é uma delas. Outro setor que recebe atenção é o de biocombustíveis, para processos de extração e de transformação das plantas.
Jairton Dupont, representante da área na Capes e professor da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), também destaca programas relacionados a polímeros, como borracha, plástico ou celulose, e à farmacoquímica, para a síntese de novas drogas.

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