São Paulo, quinta-feira, 28 de setembro de 2006

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Congresso/Eleições 2006

O julgamento das urnas

O ATUAL Congresso Nacional é, na história do Legislativo brasileiro, o que tem o maior número de representantes acusados ou envolvidos em casos de corrupção. Somando-se os escândalos do mensalão e dos sanguessugas, são 91 os suspeitos, 62 dos quais tentam a reeleição ou disputam outros cargos eletivos neste domingo. Estarão em jogo as 513 cadeiras da Câmara e 27 (ou um terço) das 81 vagas do Senado. Pesquisa Datafolha revela que a maioria dos eleitores que dizem já ter escolhido seu candidato para a Câmara não vai votar nos parlamentares implicados nos escândalos. O Datafolha mostra ainda que para 45% dos entrevistados o Congresso que sairá das urnas será melhor que o atual.
Apesar disso, o índice de reprovação à atual legislatura é o menor (32%) desde a eclosão do mensalão, em meados de 2005. O mandato dos atuais congressistas termina no dia 31 de janeiro de 2007. O escândalo do mensalão, que atingiu a cúpula do PT -partido do presidente Lula- e provocou a mais séria crise do governo, deve passar à história como principal mácula da atual legislatura. Essa foi também a legislatura dos sanguessugas, escândalo que envolveu um número maior de parlamentares e cuja origem remonta ao governo anterior. Foi ainda a legislatura da ascensão e queda de Severino Cavalcanti (PP-PE), outro acusado de corrupção. E foi, por fim, a legislatura da impunidade, traduzida na absolvição de 11 dos 19 mensaleiros.


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