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Facilitar acesso a crédito do banco será prioridade
DA REPORTAGEM LOCAL
Um choque para criar empregos no Brasil será a primeira medida do governo Lula. Nos primeiros cem dias de administração, Luiz Inácio Lula da Silva quer
mostrar à sociedade que, sem
combater o desemprego e gerar
renda, não há como resolver os
demais problemas do país.
Uma das formas de aumentar o
emprego será a redução dos juros
e a diminuição da burocracia nos
empréstimos para micro, pequenas e médias empresas -juntas,
representam cerca de 98% do total de empresas existentes no país
e cerca de 60% dos empregos.
As linhas de crédito virão de recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que recebe verbas
do FAT (Fundo de Amparo ao
Trabalhador). A idéia também é
colocar à disposição o dinheiro
que já existe na CEF (Caixa Econômica Federal) para financiamento a microempresas e no
FGTS (Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço).
Na avaliação do PT, existe hoje
uma forte restrição dos bancos
aos empréstimos para os pequenos empresários. Além dos juros
elevados, há dificuldade de acesso
ao crédito. Para pegar o dinheiro,
o empresário tem de cumprir
uma lista de exigências e fornecer
garantias. Segundo a proposta do
governo Lula, o Estado será o avalista de quem precisa de recursos.
A idéia é incentivar atividades
que gerem empregos tanto no
mercado formal de trabalho como no informal.
A criação de vagas e a geração
de renda por meio da "popularização" do crédito é uma das medidas em estudo pela equipe de
transição, segundo a Folha apurou.
(FÁTIMA FERNANDES e CLAUDIA ROLLI)
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