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"Laboratório", RS expõe erros do partido
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Principal Estado onde o PT elegeu governador em 1998, o Rio
Grande do Sul se transformou em
um laboratório no qual Lula poderá colher alguns exemplos positivos, mas principalmente aprender com os erros cometidos.
O principal equívoco político
após a posse de Olívio Dutra foi a
perda de sustentação parlamentar. Ao romper com o PDT em
1999, além de ver minguar sua
bancada de já escassos 19 deputados para 12, Olívio ganhou um adversário feroz: Carlos Eduardo
Vieira da Cunha, até então um
dos maiores defensores do Executivo, tornou-se relator do principal imbróglio político de Olívio: a
CPI da Segurança Pública.
A comissão gerou uma investigação a respeito de supostos vínculos do PT com o jogo do bicho.
No seu relatório, o pedetista pediu
o indiciamento de mais de 40 pessoas, entre as quais o governador
e outros representantes do primeiro escalão. Os acusados negam, e a apuração prossegue.
Tarso Genro, que concorreu pelo PT ao governo, tem duas críticas básicas à administração atual:
a ausência de diálogo com a sociedade (leia-se Legislativo) e a falta
de uma visão macroeconômica.
Houve conquistas com a ajuda a
pequenos e médios empresários
no campo e na cidade. Foram
criadas 120 "incubadoras", que
ajudam na abertura de negócios.
Outros dados econômicos são
favoráveis. De 1999 a 2001, o PIB
(Produto Interno Bruto) industrial cresceu 11,7% contra 1,7% do
nacional; o PIB agropecuário aumentou 23,8%, contra 16,9% do
nacional. A economia gaúcha
cresceu, no período, 11%. A nacional, 6,8%.
Na visão de Tarso, o governo
não deveria, porém, limitar-se a
ajudar pequenos empresários.
A saída da Ford, que transferiu a
implantação de uma unidade para a Bahia, é exemplar: por mais
que o contrato fosse considerado
draconiano e merecesse uma renegociação, o tratamento para o
caso poderia ter sido diferente.
Além do governo do Rio Grande do Sul, o PT administra cidades como a capital Porto Alegre
(pela quarta vez seguida, encaminhando-se para 16 anos ininterruptos), Pelotas e Caxias do Sul, as
maiores do Estado.
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