São Paulo, quarta-feira, 29 de maio de 2002

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Comissão técnica também é família

A chegada do técnico gaúcho Luiz Felipe Scolari, 53, à seleção, em junho de 2001, marcou a consagração da postura linha-dura de trabalhar e do estilo de jogo de marcação rígida e disciplina tática.
Para o eixo de trabalho de campo na sua comissão técnica, escolheu profissionais com os quais conviveu. Essa opção e a prioridade por atletas com espírito de cooperação motivaram a conotação "família" do grupo formado.
De temperamento explosivo nos clubes que treinou, Scolari soube se conter na seleção.
Pegou a equipe em uma posição difícil nas eliminatórias e conseguiu levá-la à Copa, apesar dos percalços enfrentados.
Sua gestão na seleção começou com a derrota de 1 a 0 para o Uruguai, em Montevidéu, onde se desentendeu com o atacante Romário, a quem havia dado a faixa de capitão. Antes da partida, o jogador teria se envolvido com uma aeromoça e pedido para não atuar os 90 minutos. Mantido até o final, teve atuação apagada.
Logo depois, na Copa América, pediu dispensa por alegar problemas de visão. Tais complicações, no entanto, não o impediram de viajar com o Vasco. Irritado também por insinuações do atacante de que pautaria suas convocações não só por critérios esportivos, o técnico não mais o chamou.
Desde então, Scolari recebeu pressões pela convocação, mas não cedeu. Mesmo com o futebol ruim da equipe, ele seguiu prestigiado publicamente pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira.
Ex-zagueiro limitado, o treinador começou em 82 a trabalhar na área em uma equipe de segunda linha na qual havia encerrado sua carreira de jogador, o CSA.
Ganhou fama por títulos em torneios de disputa rápida e sistema eliminatório, como a Copa.



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