São Paulo, domingo, 29 de maio de 2011

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Movidos a hidrogênio

EUA e Alemanha fazem testes com carros que rodam com gás que não polui a atmosfera nem faz barulho

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Desde dezembro do ano passado, uma frota meio diferente de Mercedes-Benz Classe B circula pelas ruas da Alemanha e da Califórnia, nos Estados Unidos.
Por fora, os carros são bem parecidos com qualquer outro modelo da família. Mas é só entrar neles para sentir a diferença ao volante. Em vez do ruído dos motores a combustão ou do silêncio dos motores elétricos, o que se ouve no habitáculo é um leve assobio.
Isso porque a força para tocar o veículo vem de reação química que transforma o hidrogênio ""armazenado em dois grandes tanques na traseira"" em energia para fazer funcionar o motor com 136 cavalos e atingir os 170 km/h.
Se os reservatórios estiverem cheios, com quatro quilos de hidrogênio dá para rodar 385 quilômetros.
Isso sem liberar nenhum grama de gás carbônico na atmosfera, pois do escapamento sai vapor d'água.
A japonesa Honda, a alemã Volkswagen, as norte-americanas Ford e GM, a francesa PSA (grupo que detém as marcas Peugeot e Citröen) e a coreana Hyundai já possuem protótipos movidos a hidrogênio.

FALTAM POSTOS
Na escala das novas tecnologias para reduzir a emissão de poluentes, o carro elétrico a hidrogênio é uma evolução em relação aos motores movidos a bateria recarregável, especialmente por oferecer maior autonomia.
Mas ainda serão necessários alguns anos para que essa tecnologia se torne comum na produção em larga escala.
"Está quase no ponto, mas ainda é preciso construir infraestrutura para abastecer esse mercado", diz Markus Bachmeier, presidente do grupo de energia Linde, que investe nesse segmento.
Os números confirmam o que diz o alemão. Na Califórnia, campo de teste de 70 protótipos a hidrogênio da Mercedes, só existem cinco postos na região de Los Angeles e um em São Francisco.
Implantar uma boa infraestrutura para abastecer 1 milhão de carros com hidrogênio custaria o equivalente a R$ 6,7 bilhões.
O processo é caro, mas, ainda assim, a previsão do mercado é a de que a fatia de carros movidos a hidrogênio não pare de crescer.
Um estudo coordenado pela associação GermanHy, que reúne montadoras, empresas de energia e operadores de transporte, estima que 40% da frota alemã poderá rodar com hidrogênio em 2050.
(FVB)

MENOR
Os motores ficam cada vez menores e mais leves, mas não perdem potência graças ao turbocompressor, que torna mais eficiente a queima de combustível, o que também reduz seu consumo e a emissão de gases poluentes

FIM
A eletricidade é usada para fazer o motor do carro funcionar

MEIO
O gás vai para a célula para ser transformado em eletricidade, que é armazenada na bateria de íon de lítio

INÍCIO
O hidrogênio, comprimido, fica armazenado em um ou dois tanques na traseira do carro


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