São Paulo, domingo, 29 de outubro de 2006

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JUSTIÇA ELEITORAL

Até as 22h, 90% dos votos devem estar apurados, prevê TSE

Segundo tribunal, eventuais filas devem ser menores que as do primeiro turno, pois eleitores devem votar mais rapidamente O resultado de cada seção será transmitido para uma central de apuração, que repassará dados para os TREs e para o TSE

SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os 125,9 milhões de eleitores brasileiros estão convocados a comparecer à sua seção eleitoral para escolher o presidente da República que irá exercer o 50º mandato desde a proclamação da República, em 1889, considerando quatro de Getúlio Vargas, dois de João Goulart (o governo dele foi dividido em duas fases) e dois de Fernando Henrique Cardoso.
Das 8h às 17h, 361 mil urnas eletrônicas vão receber os votos para presidente da República e, em dez Estados, para governador. A expectativa do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é que o eleitor vote com mais rapidez e que, portanto, as filas sejam menores que no primeiro turno, quando havia cinco cargos em disputa.
Dos 125,9 milhões de cidadãos inscritos no cadastro da Justiça Eleitoral, 10,218 milhões estão desobrigados de comparecer por critério de idade: 7,662 milhões têm mais de 70 anos e 2,556 milhões, 16 ou 17 anos. Outros estão dispensados desse dever porque são analfabetos, mas os números do TSE em relação a eles estão desatualizados.
O presidente do TSE, ministro Marco Aurélio de Mello, estima que 90% dos votos estejam apurados até as 22h e 99% até as 23h. O resultado de cada seção será transmitido para uma central de apuração, que repassará para o Tribunal Regional Eleitoral, que finalmente enviará ao TSE.
O custo da preparação e realização dos dois turnos das eleições gerais e da apuração dos resultados está estimado em R$ 600 milhões.
Segundo o TSE, 3 milhões de pessoas irão trabalhar hoje para garantir a realização das eleições, sendo 1,6 milhão de mesários, como no primeiro turno. Os outros são servidores da Justiça Eleitoral, funcionários de empresas contratadas, como Correios, e militares que irão reforçar a segurança em locais de conflito.
Irão votar em outro país 86.360 brasileiros que têm residência fixa no exterior. Eles estão distribuídos em 93 países, sendo a maior parte nos Estados Unidos, e votam apenas para presidente da República.
Cerca de 10 milhões de pessoas que moram no Brasil, mas estão fora de seu domicílio eleitoral, não poderão votar e terão de justificar a ausência. O sistema informatizado de votação impede que a pessoa vote fora da seção eleitoral onde está cadastrada.


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