São Paulo, domingo, 30 de janeiro de 2011

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CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

Programas ganham nota máxima pela primeira vez

Quatro cursos de economia e administração elevaram seus conceitos desde a última avaliação

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Pela primeira vez, programas de ciências sociais aplicadas alcançam o conceito 7 na avaliação da Capes, concedido a cinco deles. É a segunda grande área que menos tem notas máximas.
"Ainda busca consolidação", diz João Luiz Becker, professor da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e coordenador da avaliação dos programas de pós em administração.
A maioria dos cursos ainda não completou dez anos, o que significa pouca tradição em pesquisa.
Na FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo), a formação de doutores ajudou a subir a nota de dois programas de 6 para 7, segundo Lindolfo Galvão de Albuquerque, coordenador da pós em administração.
Investir em internacionalização -intercâmbio de alunos e professores e publicação em periódicos estrangeiros- foi o que auxiliou a promover à nota 7 o programa de economia da Fundação Getulio Vargas (RJ), opina Rubens Cysne, diretor da pós-graduação em economia.

CURSOS FECHADOS
A área foi a terceira com maior número de cursos descredenciados (12). Um deles foi o de atuária da PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica). Luiz Roberto Cunha, responsável pelo curso, explica que deixou de aceitar novos alunos a partir de 2009 para iniciar reestruturação.
"Visamos transformá-lo em mestrado profissional, que é mais adequado ao perfil de quem faz pós na área."
Já no caso do programa de direito da Unib, a Capes reprovou a mudança do corpo docente e a inconsistência entre a proposta apresentada e a realidade do programa.
Segundo a Capes, a média de publicações por aluno permanente no programa é de 1,69, menor média da pós-graduação em direito no país. A instituição também teve a terceira menor média de publicação por professor de direito (0,9).
Procurada pela reportagem, a direção da universidade atribuiu a nota ruim a "vingança e motivos de foro íntimo" de um membro da comissão avaliadora. (JV)


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