|
Próximo Texto | Índice
zona norte
Pesquisa Datafolha revela o perfil do morador e da região
LUIZ CAVERSAN
DA REPORTAGEM LOCAL
Na mesma região, duas realidades representativas da cidade de São Paulo nos seus
450 anos. A porção mais próxima do centro abriga bairros consolidados, moradores estabelecidos há muito tempo, com
renda e formação acima da média. No trecho mais afastado, carências, dificuldades
como desemprego, violência e desatenção
por parte do poder público.
Exemplo daquilo que a cidade pode oferecer de bom e também de ruim aos seus
moradores, a zona norte é objeto de um levantamento exaustivo do Datafolha, ponto de partida para a confecção deste caderno especial que circula na região.
Por conta de critérios estatísticos, o instituto de pesquisa dividiu a região em três
áreas distintas. A primeira delas, denominada norte 1, reúne os distritos Casa Verde, Limão e Santana. A norte 2, Jaçanã,
Mandaqui, Tremembé, Tucuruvi, Vila
Guilherme, Vila Maria e Vila Medeiros. E a
norte 3, Anhangüera, Jaraguá, Perus, Pirituba, São Domingos, Brasilândia, Cachoeirinha e Freguesia do Ó.
O conjunto de bairros da margem norte
do Tietê ocupa 19,5% do território do município e abriga nada menos que 2 milhões
de pessoas. A área passou a ser mais densamente povoada só no século 20, sobretudo a partir da construção de pontes e da
ligação férrea com a serra da Cantareira.
No final dos anos 30, começou a retificação do rio Tietê, o que permitiu a ocupação da várzea e, nos anos 50, a construção
das avenidas marginais.
Os dados inéditos revelados pela pesquisa oferecem uma visão global das áreas, de
suas vantagens, problemas, possibilidades
e carências. Bem como permitem saber
quem é, o que pensa, o que faz e o que consome o morador de cada uma delas.
Assim como em todas as outras regiões
de São Paulo, a maior parte dos moradores da zona norte diz que seu principal
problema é a violência.
Próximo Texto: De perfil conservador, morador é fã da região Índice
|